Grupo “The Queen’s Cartoonists” traz uma nova vida a temas de Mickey Mouse, Bugs Bunny e muitos outros. Para ver e ouvir, domingo no Tivoli BBVA.
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É uma nova viagem ao mundo dos desenhos animados, com o toque e a irreverência característicos do jazz. “The Queen’s Cartoonists”, grupo norte-americano de Jazz, reinventa e apresenta este domingo, no Teatro Tivoli BBVA de Lisboa, os grandes clássicos dos cartoons, como nunca os viu ou ouviu.
O espetáculo “The Queen’s Cartoonists” cruza duas formas de arte distintamente americanas – jazz e animação - e interliga também música e cinema, convidando o público a recordar a idade de ouro destes movimentos artísticos, através de uma abordagem visual, musical e também cultural, devido às diferentes raízes dos artistas.
Na apresentação, versões originais de Mickey Mouse, Sindbad The Sailor, Bugs Bunny e Betty Boop ganham uma nova vida, assumindo a voz de artistas de jazz e de música clássica, tais como Raymond Scott, John Kirby, Mozart, Rossini e Strauss.
Joel Pierson, pianista de jazz, fundador e diretor artístico do espetáculo, explica ao JN como lhe surgiu a ideia. “Estava à procura de uma maneira de expor mais público ao jazz e à música clássica, sem alienar o lado mais tradicional que vai normalmente aos concertos. Um dia percebi que havia alguma sobreposição entre a Era de Ouro do Jazz e a Era de Ouro da Animação e tudo fez sentido” adianta.
Em prática, estão seis músicos em palco – o próprio Pierson, Greg Hammontree, Mark Phillips, Drew Pitcher, Rossen Nedelchev e Malik McLaurine. Cada peça musical é acompanhada por um filme de animação. “Ou melhor, todos os filmes são acompanhados de música ao vivo. Apresentaremos alguns desenhos animados clássicos e também alguns filmes de animação mais contemporâneos”, adianta.
Segundo Pierson, o grupo está em digressão desde 2018, tendo já percorrido os Estados Unidos da América, partes do Canadá, Inglaterra, Escócia, Alemanha e Áustria. Em Portugal, é a estreia, e “estamos por isso muito entusiasmados”, garante.
E reforça o que se pode esperar: “com os filmes clássicos, sente-se que se voltou no tempo, para a época de origem deles. Mas os filmes contemporâneos parecerão jovens e frescos, uma vez que são da nossa época. Há lados engraçados, humorísticos e sérios. O concerto é por isso para todos - tanto os mais jovens como o habitual público que vai normalmente ouvir jazz”, conclui.
O espetáculo acontece este domingo, 5 de maio, pelas 16 horas. Os bilhetes custam entre 20 e 40€ e estão à venda na Ticketline e locais habituais.