Sete quadros de artistas como Picasso, Matisse e Monet, roubados de um museu holandês em 2012, terão sido queimados na Roménia pela mãe de um dos três presumíveis ladrões.
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A mãe de Radu Dogaru - Olga Dogaru -, um dos presumíveis autores deste roubo espetacular, declarou aos investigadores que, depois de ter enterrado as telas no jardim duma casa abandonada e depois num cemitério, decidiu queimá-los na lareira da sua casa.
A mulher disse às autoridades policiais que teve receio de que o seu filho viesse a ser incriminado pelo roubo, quando foi capturado em janeiro último. Então, nessa ocasião, decidiu ir enterrar as telas no jardim de uma casa abandonada e, mais tarde, levou-as para o cemitério da aldeia de Caracliu. Em fevereiro, quando a polícia começou a procurar as telas naquela localidade, a mulher decidiu desenterrá-las e queimá-las.
"Primeiro acendi o fogo na lareira. Depois, fui ao cemitério buscar os quadros e levei-os para casa. Meti a bolsa onde estavam as sete pinturas na lareira. Juntei madeira, sapatos e botas de borracha e esperei que tudo ficasse queimado", revelou Olga Dogaru. Segundo disse às autoridades, o seu objetivo foi queimar as provas para que o filho não fosse condenado.
Agora, fonte da Procuradoria da República da Roménia revelou que estão a ser analisadas as cinzas da lareira para comprovar se se tratam dos restos das obras de arte. Especialistas do Museu Nacional de História da Roménia estão a colaborar com as investigações, que poderão levar alguns meses.
Os ladrões entraram no Museu Kunsthal, em Roterdão, durante a noite do dia 16 de outubro de 2012, através da saída de emergência traseira. Em menos de 90 segundos, retiraram as sete pinturas da parede e fugiram.
Com eles levaram: "Cabeça de arlequim", de Pablo Picasso (1971); "A ponte de Waterloo, Londres", de Claude Monet (1901); "A ponte de Charin Cross", de Claude Monet (1901); "Leitora em branco e amarelo", de Henri Matisse (1919); "Autoretrato", de Meyer de Haan (cerca de 1889-1891); "Mulher diante de uma janela aberta", de Paul Gauguin (1888); e "Mulher com os olhos fechados", de Lucien Freud (2002).
Os quadros eram provenientes da Fundação Triton, um coleção de arte de vanguarda elaborada pelo multimilionário Willem Cordia.