A revista "National Geographic" colocou uma menina transgénero de 9 anos na capa de janeiro de 2017 e está a gerar polémica nas redes sociais.
Corpo do artigo
A revista "National Geographic" vai fazer história com a presença de Avery Jackson, uma menina transgénero de 9 anos, na capa de janeiro de 2017. A publicação revelou que a edição contou com a participação de pessoas da América, do Médio Oriente, da África e da China.
A capa vai estar ilustrada com uma fotografia de Jackson e com uma declaração da rapariga: "A melhor coisa de ser menina é que agora não preciso de fingir que sou menino".
A imagem tornou-se pública nas redes sociais gerando um mar de comentários sobre o tema. Uns utilizadores demonstram orgulho e agradecem o facto de a "National Geographic" se estar a pronunciar sobre o tema, enquanto outros se têm mostrado furiosos ao ponto de cancelarem a assinatura da revista.
https://twitter.com/NatGeo/status/809800514791677952
A criança explicou, aos 6 anos, aos pais que se sentia como uma menina, apesar de ter nascido com genitais masculinos. Posteriormente, os pais levaram-na a uma psicóloga. A terapeuta clínica Caroline Gibbs, diretora do Instituto Transgénero do Missouri, nos Estados Unidos, perguntou a Jackon se ela era um menino ou uma menina e ela respondeu, "sou uma menina, simplesmente sou".
Jackson é, com o apoio dos pais, uma menina transgénero e tornou-se, em 2015, um forte nome na luta pelos direitos LGBT, depois da mãe, Debi Jackson, ter publicado um vídeo no YouTube, no qual a filha fala sobre os desafios que uma criança transgénero tem de enfrentar.
https://www.youtube.com/watch?v=XUN75MGqdpU
Susan Goldberg, editora-chefe da "National Geographic", afirmou que "Avery Jackson é tão confiante das decisões que toma, que é a pessoa ideal para simbolizar as novas questões de género. Por isso foi decidido que ela ia ocupar a capa".
A "National Geographic" vai abordar, nesta edição, a forma como os papéis de género estão representados em todo o mundo.