Nomeação da próxima presidente da Associação será formalizada em assembleia na sexta-feira.
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Era o nome que faltava saber e o mais importante no processo de mudança no topo da estrutura diretiva da Associação Amigos Coliseu do Porto (AACP). Mas o JN sabe que o Ministério da Cultura escolheu Mónica Guerreiro para ser a próxima presidente da direção do Coliseu.
A escolha foi confirmada por fonte oficial do Governo. A antiga diretora municipal de Cultura da Câmara Municipal do Porto corresponde ao perfil definido por Graça Fonseca para suceder a Eduardo Paz Barroso, que está demissionário. Era intenção da ministra que a presidência fosse desta vez entregue a uma mulher, que tivesse experiência no setor e na cidade, e que representasse uma mudança de geração.
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Mónica Guerreiro, 38 anos, pertence atualmente aos quadros da Direção-Geral das Artes (DGArtes) e a sua passagem para a direção da emblemática sala de espetáculos do Porto será feita ao abrigo da denominada "cedência de interesse público", que durará o mandato de três anos para o qual foi indicada. O cargo, à semelhança do que acontece com Paz Barroso, será remunerado e a nomeação será formalizada na assembleia-geral da AACP, marcada para sexta-feira.
Ligação à cidade e às artes
Mónica Guerreiro foi jornalista entre 1996 e 2003, no então semanário "Blitz", e a sua carreira na DGArtes iniciou-se em 2004, chegando a subdiretora-geral em 2015.
Foi convidada por Rui Moreira para administrar a Direção Municipal de Cultura do Porto em janeiro de 2016. Três anos depois, cessou a sua comissão de serviço, na sequência da transformação da Porto Lazer na Ágora, a nova empresa municipal de cultura da Invicta.
A próxima presidente do Coliseu tem ainda um percurso ligado ao estudo das artes, com obra publicada. ´É autora do livro "Olga Roriz"(2007) e de "O essencial sobre a Companhia Nacional de Bailado" (2017). No âmbito da sua especialidade (artes do espetáculo), assinou artigos científicos e integrou comissões e júris de avaliação, em entidades públicas e privadas.
Mudanças na Associação
Está assim completo o trio que representará, no triénio 2020-2023, os três associados fundadores da AACP, que têm lugar por inerência na direção da associação. Paz Barroso era o representante da Área Metropolitana do Porto e foi substituído pela socialista Maria João Castro. Nuno Lemos foi o escolhido pela CM Porto.
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Por acordo entre estes três associados institucionais, depois de terem sido a autarquia e a Área Metropolitana a designar o líder da direção nos dois mandatos anteriores, agora é vez do Ministério da Cultura de designar quem ocupará a presidência da AACP no próximo mandato.
De jornalista à cultura
Mónica Guerreira, 38 anos
Nascida a 29 de março de 1981, é licenciada e doutorada em Ciências da Comunicação na Nova de Lisboa. De perfil discreto, Mónica Guerreiro definiu-se, numa entrevista à revista "Time Out", no início de 2018, como "perfecionista e exigente". Foi jornalista de cultura e está ligada à DGArtes desde 2004.