O historiador de origem britânica Tony Judt morreu em Nova Iorque, onde residia, noticiou hoje, domingo, o jornal "The New York Times".
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Professor na New York University, Judt, de 62 anos, sofria de esclerose lateral amiotrófica, igualmente designada como Doença de Charcot, e morreu na sexta-feira de complicações relacionadas com a doença, precisou o diário nova-iorquino.
Nascido na Grã-Bretanha numa família de imigrantes judeus, Tony Judt instalou-se nos Estados Unidos depois de fazer estudos em Cambridge e na École Normale Supérieure, especializando-se na história da Esquerda francesa.
Autor de obras como "A Reconstrução do Partido Socialista: 1921-1926" (1976), recebeu em 2008 o Prémio do Livro Europeu pelo livro "Pós-Guerra -- História da Europa desde 1945", publicado em Portugal pelas Edições 70, tal como "O Século XX Esquecido".
Em tempos idos um fervoroso defensor de Israel, Judt afastou-se do sionismo e sustentou que a auto-definição de Israel como Estado Judaico faz dele "um anacronismo", segundo o diário.