Evento acontece em vários locais de Braga a partir desta quinta-feira, até 19 de junho.
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Performance, Património e Paisagem. São estes os novos "três pês" pela qual a cidade de Braga quer passar a ser conhecida, deixando para trás o tom pejorativo associado à expressão. Para isso, o Município associou-se à Zet Gallery e arranca, esta quinta-feira, com o festival Trêspê, em que o público é desafiado a fazer parte do espetáculo.
Às 19 horas, o coletivo bracarense Banquete abre as portas da sala dourada da Biblioteca Pública de Braga, com "Matérias inúteis" e, depois, volta ao mesmo local nas quintas-feiras seguintes (9 e 16 de junho).
O grupo de artistas vai marcar o ritmo para o resto dos espetáculos que vão acontecer no Parque das Camélias, entre amanhã e domingo, com o coletivo Demo. Entre 17 e 19 de junho, o Urge ocupa o complexo hidráulico das Setes Fontes e encerra o programa com um espetáculo original que toca o novo circo.
"São três coletivos de artistas, um de Braga, outro de incidência nacional e outro internacional, que produziram espetáculos para locais que não estamos habituados a considerar como palco para a prática artística", descreve a curadora, Helena Mendes Pereira, adiantando que as propostas giram em torno da performance e estão preparadas para envolver a assistência, que não deverá exceder as 60 pessoas por atuação.
"Há uma lógica do festival ser intimista e participativo e queremos que o público também performe. Não há cadeiras nem bancadas, as pessoas são desafiadas a trazer a sua manta ou almofada", explica a curadora. "Queremos proporcionar uma experiência de participação inesquecível, de relação com a paisagem, que não há noutros festivais", acrescenta Helena Mendes Pereira.
A relação entre artistas e a assistência será reforçada, ainda, com as conversas que estão previstas para cada final de espetáculo. Para Ricardo Rio, presidente do Município, trata-se de "um projeto diferenciador, que vai ao encontro daquilo que tem sido a estratégia de afirmação cultural da cidade, de trazer as dinâmicas culturais para outros espaços e de envolver os cidadãos".
"Estamos a reinventar a expressão por que Braga foi conhecida, indo buscar três eixos fundamentais para o desenvolvimento da cidade e que têm sido uma afirmação em termos culturais, que são o património, a performance e a paisagem", conclui o autarca.