Nos dias de hoje, é impossível evitar que um álbum vaze na internet antes de ser editado comercialmente. Os U2 quiseram provar o contrário mas, mais uma vez, foram traídos pela tecnologia.
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A editora Universal Music, que reuniu todos os esforços para proteger a “pérola” do ano, escusando-se a enviar o disco aos jornalistas e optando por convocá-los para audições onde nem os telemóveis entravam, acabou por ver todos os esforços gorados devido a um erro (fatal) alegadamente cometido pela própria empresa.
“No line on the horizon” caiu na net a 18 de Fevereiro, após a Universal Music australiana ter colocado o disco para venda online no site getmusic.com.au. , propriedade da editora, segundo noticiou o jornal “The Sidney Morning Herald”.
Bastaram cerca de duas horas para que os fãs adquirissem o álbum e daí a cair nos sites de partilha ilegal de ficheiros foi um instante.
Nesse mesmo dia, segundo dados do site Torrent Freak, já tinham sido feitos 100 mil downloads.
Este número é sintomático da actual cultura de partilha de ficheiros e um dado que o empresário da banda irlandesa, Paul McGuiness - feroz detractor da impunidade de que gozam os utilizadores dos sites de partilha ilegal de ficheiros -, devia ter em conta de futuro.
Evitar que um álbum chegue à internet é uma “U2pia”.
É muito provável que a grande maioria dos que neste momento já estão a ouvir o álbum o adquira amanhã, até porque a banda vai editá-lo em cinco versões.
“Linear”, filme realizado pelo fotógrafo Anton Corbijn, booklets de 24, 32 e 64 páginas ou duplo vinil são algumas das opções de que os fãs dispõem.
O êxito dos U2 não se mede nas vendas, mas no local onde justificam o epíteto de “melhor banda rock do Mundo”: os palcos.