O ministro da Cultura, José António Pinto Ribeiro, que cumpriu um ano de mandato, quer que o Acordo Ortográfico seja aplicado, "o mais tardar em 1 de Janeiro de 2010, a nível oficial e em todos os meios de Comunicação Social".
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Em entrevista à Lusa, Pinto Ribeiro reafirmou a importância do Acordo Ortográfico para a estratégia que o seu ministério pretende implementar. Para o ministro, "quanto mais cedo, melhor", mas elege a referida data como limite para a aplicação do acordo.
Contudo, entende que "há que evitar que a língua seja um processo de fragmentação e, pelo contrário, seja um processo de uniformização/expansão. Isto faz-se através de um trabalho conjunto, solidários com todos os utilizadores".
Reconhecendo a importância da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), o ministro quer "assegurar que, concertadamente com os outros países, se avance no processo de ratificação do último adicional do Acordo Ortográfico, para conseguirmos ter uma escrita unitária do Português".
Ainda segundo o ministro, "há muitos sítios onde as autoridades se recusam a ensinar Português porque não sabem se o hão-de fazer na versão escrita brasileira ou europeia. Ora, "tudo isso fica resolvido através do acordo ortográfico", acredita.
Assim, uma arma fundamental é a produção de um corrector de texto, aplicável a várias plataformas informáticas, que integra as novas regras da escrita em Português e que, segundo Pinto Ribeiro, deverá estar disponível até ao final do mês.
O ministro pretende ver o Português como "língua de trabalho em todas as organizações internacionais". Neste sentido, "estamos, com o Ministério dos Negócios Estrangeiros (MNE), a reformular o Instituto Camões para que seja desenvolvido este trabalho de expansão da língua" e que passará pela digitalização de conteúdos.