É o festival para todas as idades: hoje, amanhã, e nos dias 27, 29 e 30, o Rock in Rio promete mais de 60 concertos em que participarão mais de uma centena de artistas. A Quinta da Bela Vista, em Lisboa, tem capacidade para receber 90 mil pessoas por dia.
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É a quarta vez que o célebre certame nascido no Rio de Janeiro aterra em Lisboa. E quem passou por qualquer uma das três edições anteriores sabe bem que o Rock in Rio é muito mais do que um festival de música.
A própria organização é a primeira a assumir que o certame é, acima de tudo, um evento de convívio social, um espaço de diversão para o público, no qual os concertos são apenas uma das propostas. Dir-se-á que é uma espécie de mistura de parque de diversões gigantesco com música pelo meio, espaço de moda ou centro comercial. No Rock in Rio há sempre muito para ver e fazer.
Como tal, todo aquele que pagar os 58 euros de ingresso diário para aceder ao Parque da Bela Vista poderá encontrar uma montanha russa com 400 metros de pista ou, entre outras atracções, uma roda gigante com capacidade para 120 pessoas. Pelo meio há três palcos com música para todos os gostos em actividade quase contínua.
Ora, o Rock in Rio sempre foi um festival de massas e nunca se olvidou de desenhar uma programação musical abrangente: há pop para a criançada, rock para adolescentes, heavy metal para cabeludos, electrónica para a jovens sofisticados e, pelo meio, dinossauros da estirpe de um Elton John.
Hoje, por exemplo, a rapariga mais esperada é a colombiana Shakira, que ali regressa depois de ter sido responsável pela maior enchente da edição de 2006, numa noite frenética que juntou uma impressionante moldura de mais de 90 mil pessoas em frente ao palco. Ao que tudo indica, hoje o cenário será idêntico, uma vez que os últimos números disponibilizados pela organização, divulgados na terça-feira, davam conta de 70% da lotação vendida para hoje, dia 27 e dia 29.
Mas há muito, muito mais. Só nesse Palco Mundo - uma estrutura gigantesca de 2100 metros quadrados, 75 metros de comprimento e 25 metros de altura - vão passar, ao longo destes cinco dias, nomes como Mariza (hoje mesmo, e ainda com o sol a raiar às 19 horas), Ivete Sangalo, Elton John, Trovante, Muse, Xutos e Pontapés, Miley Cyrus, Rammstein, Megadeth, ou, entre muitos outros, os grandes Motorhead. E isso, sublinhe-se, apenas nesse palco. Nos outros dois, a oferta abunda (ver caixa ao lado).
Mas a música, sublinhe-se novamente, é apenas umas das atracções daquela espécie de mini cidade. E o povo que não estiver virado para aglutinar musicol, pode sempre optar por outro tipo de entretenimentos ou, em último caso, dormir uma soneca no anunciado "Vodafone Hotel". A sério, não é piada: a organização emitiu um comunicado no qual se lê que "esta é a primeira vez na história do evento que algumas pessoas do público vão ter oportunidade de dormir dentro do recinto, no conforto de um quarto de hotel". Ao som de Motorhead?
Como tal, não foi à toa que Roberto Medina, o empresário brasileiro estratega do festival, disse à Agência Lusa que o segredo do sucesso do festival, tanto no Brasil, como em Portugal e em Espanha, "é um conjunto de detalhes".
Hoje, como nos outros dias, as portas da Quinta da Bela Vista abrem às 16 horas e só encerram às quatro da madrugada.