Humanorama é um festival de conversas online que reunirá, em setembro, pessoas de diferentes áreas.
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"Todos numa direção, uma só voz, uma canção, todos num só coração, um céu de estrelas. Se a vida começasse agora, e o Mundo fosse nosso outra vez, e a gente não parasse mais de cantar, de sonhar". Este é o hino do Rock in Rio, festival que Roberto Medina fez nascer em 1985. Roberta Medina, a sua filha, tem a sensação de que os versos podiam ter sido escritos para o momento atual, em que a pandemia travou a realização de um festival que, entretanto, se tornou global. A mesma pandemia que deu origem a um novo projeto: Humanorama. Um festival digital e gratuito, que se realizará entre 14 e 17 de setembro, em Portugal e no Brasil, promovendo conversas para a criação de um Mundo mais humano.
"A educação é o melhor caminho para conseguirmos mudanças de longo prazo, fomentando espaços de conversa como marca fundadora de opinião. Temos muita responsabilidade social", diz a empresária Roberta Medina. Com essa responsabilidade em mente, convocou o cantor Gabriel o Pensador, a cantora Marisa Liz, o humorista Fábio Porchat, DJ Alok, o jornalista Nelson Motta, a apresentadora Isabel Silva e a budista Monja Coen para falarem sem amarras. Com passagem pelo ambiente, a sustentabilidade, a igualdade de género e outros tópicos relevantes para as sociedades de forma a "juntar forças e visões do futuro para um Mundo melhor", conta ao JN.
Para a escolha dos convidados, que ainda não está encerrada, foi tido em conta o facto de todos eles, nas suas carreiras, terem "uma pegada de empreendedorismo".
"somos todos o mesmo"
O Humanorama terá quatro "palcos" e mais de 200 dinamizadores, entre "empresários, artistas, executivos e académicos", para falarem sobre este momento "poderoso que estamos a viver em que podemos parar de olhar para o nosso umbigo e começar a trabalhar juntos por um objetivo comum", prossegue Roberta Medina.
Daí a escolha do nome Humanorama, que nasce da junção do sufixo "orama" (do grego "hórama", que significa "vista; descortinar de; espetáculo") com a palavra "humano", traduzindo-se como "espetáculo do humano".
O festival resultará em 80 horas de conteúdos transmitidos ao vivo e gravados, traduzidos em linguagem gestual, com foco no desenvolvimento do ser humano.
Sobre o público que poderá abranger, Roberta Medina espera que seja "transversal a várias gerações, daí a diversidade de convidados", mas conta sobretudo com gente acima dos 20, 25 anos. Nesse sentido, acredita que "a pandemia foi um estalo. Somos todos o mesmo. Brasil, Portugal, Estados Unidos, somos todos humanos".
E AINDA
Conversas, mas também podcasts e quizzes
Além dos conteúdos disponibilizados durante os quatro dias do festival de conversas, na plataforma do evento o público poderá também acompanhar o HumanoramaCast, um podcast de 11 episódios que promove conversas inéditas entre os participantes do festival. Estreia-se já a 23 de julho. Outro dos conteúdos disponível é o HumanoQuizz, um teste de personalidade para todos os que queiram começar já a fazer parte do projeto - o objetivo é saber qual o nível de humanidade de cada pessoa.