O galardão da Feira Internacional do Livro de Guadalajara, no México, já foi conquistado por autores portugueses como António Lobo Antunes e Lídia Jorge.
Corpo do artigo
O escritor romeno Mircea Cartarescu foi distinguido com o Prémio de Literatura em Línguas Românicas 2022, anunciou a Feira Internacional do Livro (FIL) de Guadalajara, no México, que o atribui. De acordo com comunicado da organização, o júri destacou que o poeta, ensaísta e narrador "é um escritor multifacetado de estilo maximalista que se insere plenamente na tradição da literatura mundial, interpelando desde o onírico e existencial as suas leitoras e leitores de todo o mundo".
Segundo comunicado da FIL de Guadalajara, o júri desta edição do prémio - já conquistado por autores portugueses como António Lobo Antunes (2008) e Lídia Jorge (2020) - foi constituído por Lorena Amaro Castro, do Chile, Marco Belpoliti, de Itália, Javier Guerrero, da Venezuela, Maria Eunice Moreira, do Brasil, Oana Sabo, da Roménia, Antonio Sáez Delgado, de Espanha, e Laura Scarabelli, de Itália.
"O autor de obras indispensáveis da literatura contemporânea como 'Nostalgia' e 'Solenoide' esteve na FIL de Guadalajara pela primeira vez em 2017, quando integrou o programa do Festival das Letras Europeias e partilhou, num painel, as suas experiências criativas, bem como uma mostra da riqueza da literatura da sua região", acrescentou a organização do prémio, no mesmo comunicado.
Mircea Cartarescu nasceu em 1956, em Bucareste, e é "considerado pela crítica como o escritor romeno mais importante da atualidade e um possível vencedor do Nobel da Literatura". Já conquistou o Prémio Austríaco de Literatura Europeia, o Prémio Leteo, pela totalidade da obra, o Prémio Thomas Mann de Literatura e o Prémio Formentor das Letras. Em Portugal, tem dois livros publicados: "Porque gostamos das mulheres" (2007), pela Guerra&Paz, e "Ofuscante: A Asa Esquerda" (2021), pela E-Primatur.
O prémio da FIL de Guadalajara consiste num valor de 150 mil dólares norte-americanos e reconhece "uma vida de entrega à criação literária". Este ano, foram recebidas 80 candidaturas, de 67 autores de 18 países, entre os quais o Brasil. Portugal não surge na lista de candidatos.