Sandra Vieira Jürgens com mandato renovado na Coleção de Arte Contemporânea do Estado
A curadora da Coleção de Arte Contemporânea do Estado (CACE), Sandra Vieira Jürgens, vai manter-se no cargo para novo mandato, anunciou hoje a Museus e Monumentos de Portugal (MMP), que revelou os resultados dos primeiros nove concursos para entidades sob a sua tutela.
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A MMP dá conta em comunicado que Sandra Vieira Jürgens se "mantém à frente da CACE", num novo mandato até 2027.
"Curadora da CACE desde 2022, é licenciada em História da Arte e doutorada em Belas-Artes pela Universidade de Lisboa, estando o seu percurso intimamente ligado à arte contemporânea, seja enquanto professora, investigadora ou curadora de exposições", lembrou a MMP.
Criada nos anos 1970 com o objetivo de se converter numa coleção representativa da produção artística nacional, a então "Coleção SEC" foi fazendo aquisições ao longo das décadas, mas ficou paralisada durante cerca de vinte anos.
As aquisições foram retomadas em 2019, através da criação de comissões para identificar obras de artistas plásticos contemporâneos, com vista à integração no programa de aquisição de arte contemporânea portuguesa do Estado.
Esse programa foi retomado pelo Governo depois de um grupo de 200 artistas plásticos ter, em 2018, exigido medidas urgentes para o setor da arte contemporânea ao então primeiro-ministro, António Costa, que lançou um programa de aquisições a dez anos, começando com um orçamento de 300 mil euros para 2019.
Na CACE estão representados alguns dos mais importantes artistas portugueses, como Julião Sarmento, Artur Bual, Júlio Pomar, Maria Keil, Ilda David, Júlio Resende, Helena Almeida, Noronha da Costa, José Guimarães, Abel Manta ou Nikias Skapinakis.
Já com Jürgens em funções, a CACE deu início a um programa de itinerância que tem levado a coleção a vários pontos do país, começando, em fevereiro do ano passado, em Vila Nova de Foz Côa.