O ator espanhol, já com uma grande experiência internacional, é o protagonista de "Sirat", de Oliver Laxe, no papel de um pai que vai a Marrocos em busca da filha que desapareceu de casa, envolvendo-se com um grupo que organiza raves no deserto e com quem enceta uma viagem de sacrifícios e descobertas. "Sirat" é uma experiência única para o espetador e também o foi para o ator.
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Qual foi a primeira impressão quando leu o guião?
Foi maravilhosa, fiquei encantado. Eu não sou muito cinéfilo nem muito bom leitor, e o facto de ter poucas referências cinematográficas ou literárias, dá-me a oportunidade de me fiar na minha intuição. Quando leio guiões de cinema, leio-os sem nenhuma ideia prévia. Quando li este, tinha tudo o que gosto.
O que lhe agradou mais?
A imprevisibilidade. Nunca tinha lido uma história como esta, que não esperava, que me surpreendeu, que falava da dor de uma maneira muito explícita e muito devastadora. O guião estava cheio de boas ideias, mas era apenas o primeiro passo para se tentar fazer um filme. Quando se faz um filme nunca se sabe se vai sair bem, se chegará ao público, se vai mesmo estrear. Mas percebi logo que era uma aventura que me dizia muito.