Programa Operacional Norte 2020 direcionou 3 milhões de euros para obras de restauro e conservação do Património Cultural.
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As sete candidaturas apresentadas ao Aviso Património Cultural-Infraestrutural do Programa Operacional Norte 2020, pela Direção Regional de Cultura do Norte (DRCN), foram todas aprovadas, num investimento superior a 3 milhões de euros. Deste bolo, 2 milhões provêm de fundos europeus e o restante é a contrapartida nacional.
A confirmação foi dada ontem ao JN pela secretária de Estado Adjunta do Património Cultural, Ângela Ferreira.
Os sete locais onde haverá intervenções são o Paço dos Duques de Bragança (Guimarães), Museu dos Biscainhos e Mosteiro de Tibães (Braga), Museu da Terra de Miranda (Miranda do Douro), Igreja Matriz de Torre de Moncorvo, Igreja Matriz de Vila do Conde e Mosteiro de São Bento da Vitória (Porto).
"Cada ano há uma lista de locais que necessitam de investimento, tendo como prioridade a conservação, proteção, promoção e desenvolvimento do Património Natural e Cultural", disse Ângela Ferreira.
Os projetos de execução terão um prazo de dois anos, depois do concurso público para as empreitadas, elucidou a responsável.
"Os locais mais difíceis de encerrar serão os de culto, por isso será sempre acautelado o tempo em que o iremos fazer", explicou.
No caso do Mosteiro de São Bento da Vitória, a intervenção será feita no órgão de tubos da igreja e haverá um cuidado para que não coincidam com as obras do Teatro Nacional São João. Das sete intervenções, essa será a mais curta.
Em relação ao Museu Terra de Miranda, a maior das empreitadas, avaliada em 819 590 euros, "havia muitas fragilidades e é necessária uma significativa intervenção na estrutura edificada", referiu a governante.
Minho com três locais
O mesmo se passa com o Museu dos Biscainhos, a segunda empreitada de maior monta, no valor de 701 226,39 euros. O espaço "necessita de muita intervenção no circuito expositivo, sendo necessário travar o processo de degradação através de intervenções de conservação e restauro adequadas".
Já o Mosteiro de Tibães terá obras de restauro para "oferecer um melhor cartão de visita". Também no Minho, o Paço dos Duques de Bragança, em Guimarães, que já tinha sido alvo de requalificação, vai ter "melhorias no âmbito do apoio ao visitante para que possam promover atividades que tornem o espaço de acolhimento mais acessível, amigável e eficiente, de modo a bem servir os milhares de visitantes, nacionais e estrangeiros, que anualmente aqui se deslocam", concretizou a secretária de Estado.
Esta estratégia delineada pela DRCN visa "a descentralização do investimento, alargando as suas ações a todo o território, promovendo a coesão territorial num plano de trabalho em rede de forma a criar âncoras de oferta cultural visando a salvaguarda e proteção do património".
Trata-se de um trabalho de relevo para as economias locais, promovendo "dinamização económica, oferta de trabalho e sustentabilidade turística", acrescentou a responsável.