Com 75 filmes em exibição e 165 obras a concurso de 35 países, o festival chega pela primeira vez ao Alentejo e celebra a diversidade cultural e o etnocinema com o Brasil como país convidado.
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Sines será, de 5 a 7 de novembro, o centro das atenções no panorama internacional do cinema de turismo. Pela primeira vez, o Finisterra Portugal Film Art & Tourism Festival escolheu o Alentejo como palco da sua 13.ª edição, com sessões a decorrer no Centro de Artes de Sines e no auditório do hotel Sines Sea View. Ao todo, serão exibidos 75 filmes, numa mostra que promete valorizar a riqueza cinematográfica ligada à promoção turística.
Criado pela Arrábida Film Commission, o festival conta nesta edição com o apoio da Alentejo-Ribatejo Film Commission, da Entidade Regional de Turismo do Alentejo e Ribatejo e da Câmara Municipal de Sines. O evento tem como missão dar visibilidade internacional ao território anfitrião e posicioná-lo como destino de excelência para produções audiovisuais, destacando o seu potencial cénico, paisagístico, histórico e patrimonial.
Montra global de talento
Este ano, 165 filmes oriundos de 35 países estão a concurso, com destaque para Portugal (38 filmes), Espanha (32), Estados Unidos da América (19), Alemanha (13) e Polónia (10). O festival irá premiar 45 obras, em 22 categorias que vão desde Publicidade, Documentário, Drones, Natureza e Vida Selvagem, até a temas emergentes como Inteligência Artificial e Sustentabilidade.
O júri é composto por 21 especialistas de 15 países, entre cineastas, jornalistas, professores e profissionais do turismo. Entre os nomes de destaque está o polaco Zbigniew Zmudzki, vencedor de um Óscar com o filme de animação Pedro e o Lobo, o realizador Gavin Lee, diretor do Festival de Cinema Infantil de Pequim, e Jonas Saúl, guionista e escritor canadiano.
Brasil e cultura indígena em foco
O país convidado deste ano é o Brasil, com especial enfoque na região da Bahia. Numa iniciativa inédita e profundamente simbólica, o festival irá contar com a presença dos índios Pataxós, que trazem a Sines uma imersão na sua cultura ancestral. As demonstrações incluem atividades de etnoturismo, etnocinema e ações educativas sobre relações étnico-raciais entre Brasil e Portugal.
A participação dos Pataxós insere-se numa estratégia de valorização da diversidade cultural e do desenvolvimento sustentável das comunidades envolvidas, numa clara aposta do festival em expandir horizontes e fomentar o diálogo intercultural através do cinema.