Algumas convidadas terão sido impedidas de entrar na passadeira vermelha das exibições do Festival de Cinema de Cannes por não usarem sapatos de salto alto. A revelação causou polémica.
Corpo do artigo
A organização da 68.ª edição do Festival de Cannes foi esta terça-feira alvo de fortes críticas depois de a revista "Screen" ter revelado que várias convidadas tinham sido expulsas da passadeira vermelha e impedidas de entrar nas exibições por usarem sapatos rasos.
Segundo a "Screen", várias mulheres com cerca de 50 anos, algumas das quais não podem usar saltos altos por razões de saúde, foram impedidas de entrar na estreia do filme "Carol" de Todd Haynes, no domingo à noite, por terem sapatos considerados demasiado baixos.
Pouco depois desta revelação, Asif Kapadia, realizador do documentário "Amy", sobre a falecida cantora Amy Winehouse, confirmava no Twitter que a sua mulher tinha sido uma das visadas pela exigência de ter de calçar sapatos de salto alto, no entanto, acabou por poder entrar.
[twitter:600549420766273536]
Em declarações à revista, fonte da organização do festival não comentou o sucedido, mas confirmou que é obrigatório que as mulheres usem saltos altos na passadeira vermelha.
Esta terça-feira, após a divulgação da polémica, a organização do festival desmentiu publicamente estes "rumores infundados".
Thierry Frémaux, responsável pela seleção das películas em competição, salientou que o "dress code" se mantém sem alterações: smoking e vestido de noite, sem referência ao tamanho dos saltos dos sapatos.
[twitter:600595653606187008]
[twitter:600606538273845248]
Depressa o assunto foi motivo de discussão nas redes sociais, entre os jornalistas que estão a acompanhar o evento, que decorre até dia 24, e por parte dos convidados presentes em Cannes. Como é o caso de Emily Blunt, que falou à Imprensa na apresentação do filme "Sicario". A atriz disse ser "dececionante" o que aconteceu. "Devíamos todas levar sapatos rasos. Não devíamos usar saltos altos", desafiou como forma de contestação.