O Grupo Media Capital, detentor da TVI, desmentiu, esta segunda-feira, o líder do PSD e garantiu que não recebeu qualquer subsídio do Estado. Em causa, as críticas de Rui Rio à contratação de Cristina Ferreira.
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A TVI não recebeu qualquer subsídio do Estado. Foi aprovado, em Conselho de Ministros, a "alocação de verbas para aquisição antecipada de espaço para difusão de publicidade", esclareceu, esta segunda-feira, o Grupo Media Capital, desmentindo, assim, o líder do PSD, Rui Rio.
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No sábado, Rui Rio usou o Twitter para criticar a contratação de Cristina Ferreira pela TVI, lembrando que o canal teve apoio do Estado. E questionou se "o apoio público socialista" vai ajudar também o Benfica. "Percebe-se agora o apoio de 15 milhões de euros do Governo a este setor; realmente as despesas são muitas e a crise é grande", escreveu o líder do PSD.
"De acordo com Resolução do Conselho de Ministros, foi aprovada a alocação de verbas para aquisição antecipada de espaço para difusão de publicidade institucional, no âmbito da Pandemia COVID-19. No âmbito desta Resolução foram destinados a este fim 15 milhões de euros, dos quais 3,3 milhões corresponderiam aos meios do Grupo Media Capital, que, depois de descontado o IVA a entregar ao Estado, resultariam num pagamento antecipado de aproximadamente 2,7 milhões, de serviços a prestar pelos meios do Grupo", esclareceu o Grupo Media Capital, em comunicado.
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Segundo o grupo proprietário da TVI, esse dinheiro ainda não foi sequer pago. "Acontece que, até à presente data, ainda a Media Capital não recebeu qualquer montante", garante-se, no referido comunicado.
"Foi sempre um mero adiantamento de fundos para pagamento de serviços a virem a ser prestados e nunca um qualquer subsídio à atividade ou um financiamento a fundo perdido ou sem contrapartida certa", insiste a Media Capital.
Aliás, o grupo alega que, pelo contrário, o Estado lhe deve mais de 600 mil euros, resultante de "serviços que os diversos organismos do Estado lhe encomendam". "Pelo que, o que seria um apoio à tesouraria da empresa, tem-se revelado como um constrangimento à tesouraria, dado que é a Media Capital que está a avançar com a prestação dos serviços sem o correspondente recebimento", conclui-se.