Desta vez Virgul não partiu a perna no palco do Sudoeste, mas partiu a louça com os temas bamboleantes com que pôs toda a gente a dançar.
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Foi em 2000, quando fazia ainda parte dos Da Weasel, que o cantor resolveu armar-se ao pingarelho e deu um mortal logo no início do concerto. Resultado: fraturou a perna e foi levado de emergência para Lisboa. Regressou agora, passados 16 anos, sem tanta ginástica mas com canções que obrigam a abusar das ancas. Cruzando o funk e a soul com sonoridades africanas como o kizomba, Virgul foi desvelando o conteúdo do seu álbum de estreia, que deverá sair este verão. Fez depois um regresso ao passado, mas sem piruetas, dedicando parte do concerto ao repertório dos Da Weasel. Uma evocação onde participou também o ex-guitarrista da banda, Pedro Quaresma.
Um pouco antes, atuara Josef Salvat, que teve a honra de abrir o palco principal na primeira noite de concertos do Sudoeste. O cantautor australiano, que se deu a conhecer em 2015 com o álbum "Night swim", apresentou um som elegante, com eletrónica bem cozida, mas às 21 horas há mais gente no parque de campismo do que no recinto. Junto ao palco, o cheiro a erva convivia com famílias inteiras, o que resume de certo modo essa espécie de limbo que são os concertos de abertura do Palco Meo.