"Vocês tiram-me o fôlego": Taylor Swift e o início épico dos concertos de todas as expectativas
Cantora lançou a primeira noite de Lisboa com “Miss Americana”. "Vocês tiram-me o fôlego", disse ao público português.
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Entrou em palco pelas 20.15 horas mas, já antes, uma contagem decrescente nos ecrãs, gritada por milhares de fãs, anunciava a sua chegada. Esta sexta-feira, Taylor Swift deu o primeiro de dois concertos em Lisboa, perante quase 60 mil pessoas, num Estádio da Luz há muito esgotado.
Como tem sido hábito, Swift começou a incursão de três horas de espetáculo (e cerca de 40 temas) com a sua Era “Lover”: “Miss Americana", “Cruel summer” e “The man” compuseram a sequência inicial.
“It’s been a long time coming”, cantou em “Miss Americana”, e não será por acaso a escolha desta música para a abertura: além de ser ela própria Miss Americana, tal como no documentário da Netflix, a letra entoada por tantos fãs ao vivo faz todo o sentido, até porque há muito que os “swifties” portugueses esperavam por uma oportunidade para a ver.
A ajudar ao ambiente eufórico, algo que surpreendeu foi a entrega de pulseiras à entrada, semelhante às dos concertos dos Coldplay, com luzes a acender de forma concertada. E Swift fez o resto.
“Olá!” disse em português perfeito, logo ao primeiro tema, acenando ao público de todos os lados, uma enorme manga central de palco a conseguir aproximá-la praticamente de todos. Logo ali, nos primeiros minutos, se percebeu que a interação, os sorrisos e acenos, os piscares de olho, o ar feliz, as declarações de amor seriam constantes.
"Muito obrigada", disse, também em português, depois de "Cruel summer". "Lisboa, fazem-me sentir incrível,", acrescentou já em inglês, lembrando ser este o seu "primeiro concerto de sempre em Portugal". "Quando eu saí e vi este público, vocês tiraram-me o fôlego" acrescentou, antes de "Lover".
Da antecipação à emoção
A expectativa em torno da estreia de Swift era tal que, desde quinta-feira à noite, vários fãs acamparam junto às portas do Estádio da Luz - enquanto outros se foram juntando, em longas filas, nas primeiras horas da manhã de sexta-feira.
Depois de permitida a entrada, pelas 16 horas (um pouco antes, para portadores de bilhete VIP), as filas continuavam enormes (mas a escoar), enquanto já dentro do recinto, o ambiente era de uma enorme emoção e expectativa. “Eu adoro-a desde que me conheço”, dizia Maiara, 12 anos ao JN. Vinda de Gaia com a mãe, viveu os últimos dias com uma enorme antecipação. "Adoro a personalidade, tudo nela" referia.
Julia e Janine são alemãs, 28 e 26 anos, fãs de Swift desde "quase o início" e nunca a tinham visto ao vivo. A morar em Lisboa, esta foi a ocasião. Em Taylor, dizem que adoram como as suas canções são contagiantes, trazem "alegria".
Para Emília e Ana Carolina, vindas do Porto especialmente para o concerto, é mesmo "a maneira como ela se conecta com as pessoas" que distingue Swift de outros artistas. O que esperavam, horas antes do espetáculo? "Muita magia".
Pelas 19 horas, atuaram os Paramore, banda rock norte-americana encabeçada pela carismática vocalista Hayley Williams. “Hard times” e “Caught in the middle” foram alguns dos temas mostrados, de uma carreira que também já conta com 20 anos e seis discos – e que ganhou maior notoriedade ao entrar na banda sonora da saga “Crepúsculo”. Tempo ainda para uma versão de "Burning down the house", dos Talking Heads.
"É uma honra estar aqui a preparar-vos para aquela que será certamente a melhor noite das vossas vidas", dizia Hayley Williams a dado ponto. "Este foi o melhor concerto da tour", acrescentaria depois.
Quanto a Swift, a sua já recordista Eras Tour, que se estende por 21 meses e 152 concertos, começou a sua etapa europeia a 9 de maio, em Paris. A digressão termina a 20 de agosto, em Londres. Depois de Lisboa, onde há novo concerto (e romaria de fãs) este sábado, a artista ruma a Madrid, para atuar nos dias 29 e 30 de maio.