Haver ou não filhos de anteriores relações e tipo de conexão que se procura são duas perguntas que mais aproximam ou afastam os candidatos da Deepbond. App portuguesa com 12 mil utilizadores conquistados num ano revela os obstáculos que afastam mulheres e homens no amor e promete evitar encontros incompatíveis
Corpo do artigo
Mais do que encontros rápidos, a 'app' portuguesa Deepbond quer 'juntar' pessoas para conexões mais duradouras no tempo. No momento em que a plataforma made in Portugal assinala um ano e aponta para a internacionalização, a companhia revela o que mais afasta as mulheres e homens quando o assunto se quer sério no amor.
Entre os parâmetros definidos na app estão os chamados dealbrakers, obstáculos que podem deitar por terra um encontro entre duas pessoas no imediato ou a prazo, evitando, à partida, ligações com elevado grau de incompatibilidade. Para tal, os utilizadores devem criar questões personalizadas para filtrar pessoas com base nos critérios essenciais, ou seja, devem definir os 'empecilhos'. Depois, só quem alcançar a pontuação mínima aos requisitos ou perguntas definidos poderá obter um match (uma conexão).
Nos dados avançados pela app à Delas.pt, e que revela acumular 12 mil utilizadores e 6800 conexões no primeiro ano de existência, as mulheres (47,9% dos subscritores da app) privilegiam saber no outro o tipo de relação que procuram, a existência de descendentes ou o desejo em ter filhos. Os homens (52%) também o fazem, mas o dealbreaker que surge em primeiro lugar é, para eles, a já eventual existência de crianças fruto de relações anteriores.
Depois do pódio, os 'empecilhos' ao amor que se seguem surgem referidos pela mesma ordem e por ambos os géneros: respeito pelo espaço individual, interesses em comum e ter mais de 1,75 metros de altura.
No que diz respeito a diferenças, as utilizadoras referiram a constituição de família e o gosto por viagens, enquanto eles mostraram mais interesse em conhecer o nível de escolaridade das eventuais parceiras, lê-se nos dados enviados pela Deepbond à Delas.pt.
Segundo a informação avançada pela companhia, a faixa etária predominante dos utilizadores tem entre 30 e 49 anos, que representa 67% da base de utilizadores. “Os mais jovens (18-29) correspondem a 18,7% e os usuários com mais de 50 anos já representam quase 13%. Estes dados comprovam que a aplicação atrai um público mais maduro, com intenções claras e uma maior predisposição para relações duradouras”, lê-se no comunicado da empresa, que ambiciona agora alargar para novos mercados como “Estados Unidos da América, Reino Unido e França”.
“O que vemos nestes dados é claro: há milhares de pessoas em Portugal à procura de algo mais profundo”, refere, citado em comunicado, o criador da plataforma. Para Miguel Vieira, “a Deepbond não é uma app para matches rápidos — é uma ferramenta para quem quer realmente construir uma relação com significado, na vida real”.
Os valores mais mencionados pelos utilizadores da plataforma indicam “um forte desejo por relações com profundidade emocional: amizade, amor, alegria, empatia, autenticidade, honestidade e comunicação destacam-se como pilares fundamentais”, lê-se na nota enviada às redações. “No que concerne à personalidade, os traços mais selecionados são: bem-disposto(a), amigável, carinhoso(a), com sentido de humor e bom ouvinte — evidenciando a procura por relações positivas e humanas”, acrescenta o mesmo documento.