
Camila Vitorino
Instagram/Camila Vitorino
Na prova do traje tradicional do concurso Miss Universo, a candidata portuguesa Camila Vitorino apresenta-se com uma proposta que homenageia Celeste Caeiro, a mulher que ofereceu cravos a soldados a 25 de abril de 1974, tornando-se símbolo da revolução.
Corpo do artigo
"A união entre o uniforme militar e o cravo no traje destaca esta mensagem: transformar conflito em esperança", justifica a candidata portuguesa a Miss Universo. Camila Vitorino está a representar a bandeira nacional em Banguecoque, na Tailândia, no concurso Miss Universo, certame que tem estado envolto em polémica e pedidos de desculpa por insultos a candidatas.
Na prova do traje tradicional, a primeira portuguesa casada e mãe a concurso apresenta-se com vestido de causa que evoca o universo dos uniformes militares, mas com cravos vermelhos dispostos ao longo de toda a peça. Da autoria de António da Silva, esta criação pretende evocar Celeste Caeiro, a mulher que ofereceu cravos em dia de revolução, 25 de abril de 1974, e trazer para o palco a simbologia da paz e da liberdade.
"É uma celebração da coragem tranquila que ajudou a construir um novo capítulo da história portuguesa", justificou a candidata portuguesa nas suas redes sociais.
Acusações de manipulação e relações privilegiadas na Miss Universo
Primeiro, a 6 de novembro, o diretor-executivo tailandês Nawat Itsaragrisil foi filmado a insultar a Miss México, Fátima Bosch, chamando-lhe "burra" perante dezenas de candidatas. O incidente levou a que várias candidatas abandonassem a sala, que a polémica corresse mundo e que o responsável fosse obrigado a recuar e a pedir desculpa Em declarações ao JN, o diretor da delegação portuguesa Ricardo Monteverde revelou que "Camila [candidata portuguesa] ficou perplexa, não gostou. Praticamente todas as meninas estavam com um ar estupefacto, quase sem reações. Houve um grupo pequeno que abandonou a sala em defesa da Miss México", relatou.
Agora, na quarta-feira, 19 de novembro, o jornal New York Times e a BBC avançaram que o jurado e músico franco-libanês Omar Harfouch renunciou à função após ter acusado a organização de manipulação por ter "criado" um júri improvisado que tinha já pré-escolhido as finalistas. Uma denúncia que se soma a outra e que aponta para a existência de relações pessoais entre alguns dos jurados e concorrentes. A final será disputa esta quinta-feira, 20 de novembro, e ser´possível acmpanhar a partir do canal oficial da Miss Universo no YouTube.

