O Sad+Saúde deverá prestar serviços, além do fornecimento de refeições e cuidados de higiene, como o apoio na toma de medicação, tratamento de roupa e limpeza da casa, serviços de teleassistência, apoio a pequenas obras para eliminar barreiras físicas, acompanhamento a deslocações ao exterior e apoio psicossocial, diz o Governo
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A ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, Rosário Palma Ramalho, anunciou um projeto-piloto que junta ao apoio domiciliário uma vertente de saúde, que irá começar em breve. O projeto vai chamar-se Sad+Saúde e funcionará durante um ano, um por cada região do continente (Norte, Centro, Sul, Litoral e Interior), após o que poderá ser alargado a todo o país.
Segundo o Governo, o Sad+Saúde deverá prestar serviços, além do fornecimento de refeições e cuidados de higiene, como o apoio na toma de medicação, tratamento de roupa e limpeza da casa, serviços de teleassistência, apoio a pequenas obras para eliminar barreiras físicas, acompanhamento a deslocações ao exterior e apoio psicossocial.
Aos jornalistas, a ministra explicou que a portaria que cria o Sad+Saúde já foi assinada e que assim que seja publicada será lançado um aviso para que as instituições das cinco regiões se possam candidatar a fazer parte do projeto-piloto.
"O que tínhamos até agora normalmente era um regime de apoio domiciliário apenas na área social e sem estar ligado a saúde. Na área social o que fazem estes regimes é apoio de refeições, compras e higiene, mas não havia, pelo menos interligada, a componente de saúde, e hoje muitas pessoas idosas têm dependências de saúde, precisam também de medicamentos, de cuidados de saúde primários, que podem ser dados a domicílio", justificou a ministra. A grande valia do projeto, acrescentou, é que as pessoas possam continuar nas suas casas e na comunidade.
Rosário Palma Ramalho, que garantiu que, dentro de um ano e consoante a avaliação dos resultados, o projeto pode tornar-se estrutural, não disse o valor do projeto, mas falou de uma "verba significativa".
Porque, justificou, as instituições têm de se obrigar a prestar um conjunto de serviços, de apoio social e componente saúde, que são exigentes e que têm de ser prestados sete dias por semana.
Segundo o Governo, o Sad+Saúde tem de prestar pelo menos seis dos serviços previstos e funciona em horário alargado, incluindo fins de semana e feriados, sempre que necessário e com assistência 24 horas por dia.
Os utentes do Sad+ Saúde podem acumular este serviço com outras respostas sociais, desde que de natureza não residencial, nomeadamente centros de dia, indica um comunicado do Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, segundo o qual a atividade dos Sad+ Saúde será monitorizada por uma Comissão de Acompanhamento e Avaliação.
Aos projetos-piloto podem candidatar-se entidades do Setor Social e Solidário. Terão uma duração de seis meses, prorrogáveis por mais seis.