A atriz de Hollywood revelou que foi diagnosticada com miomas uterinos há 11 anos. Descobriu cerca de 30, foi sujeita a cirurgia e agora junta a sua voz à de milhões de mulheres que lidam com esta condição crónica
Corpo do artigo
A propósito do mês da consciencialização sobre os miomas, a atriz Lupita Nyong’o revelou a sua longa luta contra os miomas uterinos com o propósito de, entre outros objetivos, combater a ideia de que “a menstruação significa dor e que a dor simplesmente faz parte de ser mulher”.
Num testemunho que publicou na sua rede social Instagram, a atriz revela que descobriu esta condição médica no mesmo ano em que recebeu um Oscar por melhor atriz secundária no filme 12 Anos Escravo, em 2014. ”No mesmo ano, descobri que tinha miomas uterinos. 30 miomas. Tive de os remover com cirurgia", revelou, avançando que, após parecer médico, podem voltar novamente. Nesse sentido, Lupita quer usar a sua voz para lutar por uma causa que afeta "oito em cada dez mulheres negras e sete em cada dez mulheres brancas".
A atriz quer por fim ao silêncio e a uma batalha feita tantas vezes sozinha. "Estamos a lutar sozinhas com algo que afeta a maioria. Chega de sofrer em silêncio! Devemos rejeitar a normalização da dor feminina. Imagino um futuro com educação precoce para adolescentes, melhores protocolos de triagem, pesquisas de prevenção e tratamentos menos invasivos para os miomas uterinos", pede.
Para lá desta tomada de posição pública, Lupita Nyong'o tem usado o seu poder e influência para dar visibilidade para convocar as atenções de entidades e figuras relevantes do país, é rosto de uma bolsa de pesquisa na área dos miomas uterinos, potenciada pela Fundação para a Saúde da Mulher, e está a juntar-se a congressistas e senadoras "para apresentarem projetos lei que poderiam financiar pesquisas sobre a doença".