Núria Madruga e Débora Ghira expõem violência e bullying no futebol de formação

Um vídeo curto de um jogador a ser atirado ao chão levou Núria Madruga a criticar práticas violentas e de negligência nos escalões de formação do futebol. Tudo aconteceu durante um "jogo amigável" em que os filhos da atriz, os gémeos Salvador e Sebastião, de 14 anos participavam. "Assim vai o futebol de formação", escreveu, detalhando: "Um miúdo que prefere atirar o adversário ao chão em vez de o enfrentar com a bola nos pés, não está a jogar futebol". Para Madruga, estão em causa comportamentos de "pais e treinadores" que "aplaudem" estes momentos dentro das quatro linhas, Atitudes negligentes que, considera, transformam "a formação num espetáculo muito triste de assistir".

Débora Ghira recorreu ao Instagram para dar conta de episódios igualmente violentos que estão a pôr em causa a continuidade do filho Noah, com oito anos, na prática do futebol. "Cada vez que ele entra em campo, é como se entrasse numa candy shop feliz, radiante, a viver o momento em plena felicidade! Mas o sonho durou pouco", relatou, na sua conta de Instagram. A atriz revela que filho "foi vítima de bullying por parte dos colegas e, ainda mais grave, pelo próprio treinador", relatando "insultos, humilhações, ameaças, agressões ignoradas". "O treinador, em vez de proteger, usou o seu poder para intimidar um menino de apenas oito anos, deixando-o com medo, nervoso e inseguro. Hoje, o meu filho está em casa, sem treinar, sem evoluir, parado- porque esse treinador continua em funções e nada mudou", acrescentou.

Atualmente a jogado no Benfica, Ghira distingue a instituição das pessoas que a compõem e reitera que a "denúncia é única e exclusivamente sobre este treinador em particular". "Como mãe, é devastador ver o brilho desaparecer dos olhos do meu filho. Ver o entusiasmo ser substituído pelo medo. Ver a confiança dar lugar à insegurança. E como mãe, não posso calar", justifica.

Segundo a atriz, Noah desde há um ano que se destaca no futebol, onde é conhecido por Bitto. Começou no Sporting, seguiu para o Belenenses e, ao longo desse ano, tem vindo a ser "referenciado entre os grandes". "Eu própria fui abordada por representantes de alguns clubes. Os chamados "tubarões europeus", que manifestaram interesse em levá-lo para a formação fora de Portugal. Mas decidimos em família que ainda era demasiado cedo para uma mudança tão drástica, que implicaria deixar para trás a sua vida, os amigos e a escola. O seu maior sonho era vestir a camisola do Benfica, o clube do seu coração". Contudo, o caminho está longe de ser simples ou fácil.