De volta à realidade e após uns dias de descanso, é tempo de olhar para os gastos extra feitos em dias excecionais e começar a gerir o dinheiro disponível em família para não derrapar ainda mais no orçamento. Veja oito passos úteis para restabelecer a saúde financeira o quanto antes e evitar erros no futuro
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As férias foram boas? Ótimo! A carteira é que talvez não partilhe do mesmo entusiasmo. O importante é que, em vez de mergulhar na angústia, olhe para as contas e atue o mais rapidamente possível para não eternizar a vulnerabilidade do orçamento familiar.
Para poder voltar ao reequilibro financeiro - sobretudo numa altura em que famílias com descendentes estão a braços com as despesas escolares e que se estimam, para já e em média, entre 50 e 150 euros por filho -, o melhor é começar a definir estratégias com o salário que vai receber já no final do mês.
À Delas.pt, a Associação Portuguesa de Defesa do Consumidor (DECO) deixa oito passos estratégicos para conter os danos e resolver, no mais curto período possível, o deficit que herdou do tempo de praia ou campo. E pense também que, como afirma a entidade, enquanto gere este problema de última hora "esta poderá ser uma oportunidade para uma mudança na vida financeira, aproveitando para se organizar e planear".
Veja agora oito passos que pode começar a aplicar.
Diagnóstico: "Faça um "check-up" financeiro para perceber a situação em que se encontra", recomenda a DECO. Com este ponto de partida, saberá estabelecer prioridades e definir os próximos passos.
Dívidas: É o primeiro item do plano deste plano de ação. Ao libertar-se do maior volume de dívidas possível - pequenos créditos, cartões, etc - está também a escapar ao pagamento de juros, que pesam depois no orçamento familiar.
Objetivos: Defina-os, quantifique-os e calendarize-os no tempo em que os quer atingir.
Plano: Elabore "uma estratégia que lhe permita alcançar os objetivos definidos e elabore um Plano Financeiro de ação", sugere a entidade.
Previsão: "Faça um orçamento, identificando onde gasta o dinheiro" atualmente, quais as despesas fixas que deve contar e as variáveis que possa eventualmente identificar.
União: "Mobilize a família para a mudança de hábitos" e "promova soluções criativas para reduzir gastos e aumentar o rendimento familiar", refere a DECO.
Prevenção: Quando as emergências já estiverem saldadas, estabeleça um plano para, em família, começarem a desenhar a criação de um Fundo de Emergência para fazer face a eventuais gastos de última hora que possam ocorrer e que não coloquem o agregado, de novo, à beira de um ataque de pânico por falta de liquidez.
Formação: Uma vez ultrapassada a tempestade, é tempo de não repetir erros e começar a procurar por artigos, podcasts, livros ou outros da especialidade que a ensinem a gerir melhor as suas finanças pessoais e familiares.