RTP volta atrás com escolha de Gonçalo Sousa para comentador, auto-intitulado "embaixador da masculinidade tóxica"
Só após terem sido tornadas públicas as ideias supremacistas e a pró-masculinidade tóxica deste antigo elemento do Chega, a RTP comunicou que "reviu a sua posição" e retirou Gonçalo Sousa do elenco de um programa de comentário. A direção de Informação da estação pública, de Vítor Gonçalves, está sob fogo.
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O convite estava feito e Gonçalo Sousa até foi à apresentação da nova grelha da informação da RTP e apresentado como elemento de um novo formato de opinião: o Estado da Arte. Contudo, só depois de ter sido contestado o facto de a estação pública estar a contratar quem se opõe publicamente a valores democráticos, violando a lei, e de terem sido mostrados conteúdos antigos nos quais o influenciados exibia as posições supremacistas e pró-masculinidade tóxica é que a equipa de Vítor Gonçalves, diretor de Informação, confirmou que reconsiderava o convite feito a este antigo elemento do partido Chega.
"A Direção de Informação da RTP ponderou e reviu a sua posição, após ter tomado conhecimento de alguns comentários feitos no passado pelo próprio, que a Direção de Informação da RTP considera inaceitáveis e Gonçalo Sousa não entrou em funções", afirmou fonte oficial, citada pelo "Notícias ao Minuto". O mesmo site afirma, citando fonte oficial, que "na sua atual grelha de comentadores, a RTP assegura uma diversidade de opiniões que cobrem todos os quadrantes políticos e sociais".
Entre os comentários de Gonçalo Sousa estão mensagens como "se és mulher e ainda acreditas que ganhas menos do que um homem só por causa do teu sexo, tu não és oprimida, és burra" ou "rapaziada, temos de parar de mandar as feministas de volta para a cozinha. A maior parte dessas gajas nem para cozinhar serve" e ainda "se Portugal é assim tão racista porque é que há milhões de negros e indostânicos a tentar cá entrar?".
O influenciados chegou apresentar-se nas suas contas de Twitter como "analista político, empresário, comunicólogo e embaixador da masculinidade tóxica", em 2023.