A depilação permanente tem vindo a crescer entre mulheres e homens e a ser feita cada vez mais cedo. Adolescentes já se estreiam neste tipo de remoção de pelo, mas com autorização dos encarregados de educação, detalha especialista, que revela ainda que os "full bushes" ainda estão longe de ser tendência.
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A depilação a laser tem sofrido um profundo crescimento entre mulheres, mas também cada vez mais entre homens. No momento em que a marca DepilConcept cumpre 18 anos de existência a prestar este tipo de serviço, é tempo de perceber o que mudou nos gostos e nos hábitos das portuguesas que lutam contra o pelo e apostam em soluções mais permanentes. A administradora Sandra Castanheira realça, em conversa por escrito ao JN/Delas uma maior procura por este tipo de tratamento estético por parte de raparigas cada vez mais novas, que não testaram antes outro tipo de soluções, mas com conhecimento dos encarregados de educação.
Num momento em que o pelo ao natural parece conquistar cada vez mais adeptas - como foi o caso da cantora Rosalía com as axilas descoloradas - e que se aposta no lançamento de produtos que reproduzem a penugem natural nas zonas íntimas, e de que é exemplo as tangas recém-lançadas pela socialite e empresária norte-americana Kim Kardashian, Sandra Castanheira crê que se trata de um desejo temporário. "Acredito que é algo muito limitado a um movimento que não abrange as nossas clientes", assegura.
O que mudou na procura por parte dos clientes em 18 anos? Como era antes e como é agora?
Ao longo de 18 anos, temos assistido a muitas mudanças no segmento da depilação permanente. Provavelmente, a mais evidente está relacionada com o alargamento do público-alvo que, inicialmente, era quase exclusivamente feminino e hoje temos uma percentagem muito significativa de homens. Claro que a par disto, temos o aumento da procura entre clientes de todos os estratos sociais, idades e localizações geográficas. E há, como evidente, um maior grau de exigência. O facto de termos um método exclusivo, Certificado de Garantia de resultados, nos últimos seis anos termos recebido o Prémio Cinco Estrelas consecutivamente e todas as nossas esteticistas terem formação Profissional nível IV, tem permitido que, por um lado, nos mantenhamos na liderança e, por outro, que sejamos a maior rede de clínicas de depilação a laser do país.
Que partes do corpo é que as mulheres mais procuram depilar? E os homens?
Nas mulheres, há uma relação estreita entre as zonas que têm maior procura e a estação do ano. Por exemplo, nas estações mais frias, o buço e as axilas são, sem dúvida, as zonas que têm maior procura. Quando falamos de clientes do sexo masculino, o fator "sazonalidade" não tem um impacto tão evidente e as zonas que eles mais procuram, independentemente da altura do ano, são o peito e a linha da gravata.
Sandra Castanheira, administradora da DepilConcept
Numa altura em que os full bushes têm vindo a ser cada vez mais falados, notam variação na depilação definitiva nas zonas íntimas?
Honestamente, não notamos qualquer diferença. Existe, de facto, um nicho que segue essa tendência, mas não se estendeu às clientes. Aliás, podemos mesmo dizer que há uma certa consistência porque quem já fazia depilação a laser total da zona íntima, continua a fazer. E o mesmo acontece com quem fazia apenas virilhas. Então, acredito que é algo muito limitado a um 'movimento' que não abrange as nossas clientes.
Qual a idade média em que notam que as raparigas e mulheres procuram depilação definitiva?
A idade média ronda os 25 anos. Há uma tendência crescente para as mulheres começarem a fazer depilação a laser cada vez mais cedo. A verdade é que, ao contrário do que acontecia antes, para muitas jovens, esta é hoje a primeira escolha e não passam sequer por outros métodos. Aliás, são cada vez mais as adolescentes com 15 e 16 anos que fazem depilação a laser. Claro que também temos clientes com 40 a 45 anos, mas falamos de mulheres que sempre usaram outros métodos e descobriram mais recentemente este.
Quais as fases das mulheres em que os pelos, após depilação definitiva, tendencialmente mais voltam a crescer?
A fase da adolescência está sujeita a muitas mudanças hormonais que podem ter influência. E esse é um alerta que comunicamos a todas as clientes mais jovens, que têm de ter consentimento do encarregado de educação para fazerem os tratamentos. Depois, temos de ter em conta alguma medicação que seja tomada para a queda de cabelo ou que origine o aumento da testosterona. São exemplos muito concretos que podem ter impacto nos resultados.