O tratamento pode custar entre 80 e 150 euros por sessão, requer geralmente um mínimo de três, e o processo pretende "melhorar a textura e pigmentação" da região genital feminina. Saiba tudo sobre 'peeling' ou aclaramento genital, que tem vindo a crescer um pouco por todo o mundo, e as razões que têm feito disparar a procura
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Cada vez mais popular um pouco por todo o mundo, o aclaramento vaginal é um procedimento estético que tem vida a ser progressivamente procurado por mulheres por questões de "autoestima, autoimagem" com "frequente repercussão na qualidade da vida íntima das mulheres", diz a especialista em Medicina Estética, Isabel Hermenegildo. A médica fala de uma intervenção "minimamente invasiva" e que é atualmente "o procedimento mais procurado nas consultas de ginecoestética, praticamente em todo o Mundo", e cuja maior procura parte de mulheres com "idades mais jovens", mas também de "grupo pós parto, pois as variações hormonais induzem hiperpigmentação" da pele da zona genital.
A presidente da comissão de Ginecoestética da Sociedade Portuguesa de Medicina Estética (SPME) olha para esta crescente procura como uma resposta a "novos hábitos de depilação da zona íntima feminina", geralmente marcada por menor densidade do pelo ou mesmo nenhum. Uma "necessidade" que surgiu porque "passou a haver um maior escrutínio tanto em relação à forma da zona genital como à coloração" considera Isabel Hermenegildo.
Porém, a médica admite outros fatores aceleradores desta busca. "As redes sociais, os filmes pornográficos, ou não, movimentos migratórios e a globalização têm sido fundamentais para estas solicitações, que são horizontais desde a Europa, continente indiano, africano e Médio Oriente", explica a presidente da comissão de Ginecoestética da SPME.
Mas o que é e como se processa?
Isabel Hermenegildo detalha um procedimento que "visa melhorar a textura e coloração (pigmentação) da pele da região genital feminina, que abrange o monte púbico, grandes e pequenos lábios, região inguinal e perianal", podendo ser aplicado de duas formas. "A aplicação na pele de produtos que contêm ácidos suaves, que vão causar a escamação em aproximadamente 3 a 5 dias, promovendo uma renovação celular, que resulta numa pele mais elástica hidratada e de coloração mais clara e uniforme", detalha a especialista, falando num tratamento que "deve de ser repetido, geralmente três a seis sessões, separadas por duas a quatro semanas".
Na versão do peeling genital a laser, a médica fala de "um método utilizado para o aclaramento e melhoria da qualidade e textura cutânea genital feminina". Uma coisa é certa, em ambas intervenções, é requerida "uma avaliação médica prévia especializada da utilizadora para estabelecer as indicações e contraindicações individuais". A especialista vida que, "quando corretamente selecionado, o método adequado ao tipo de pele da paciente, o risco de queimadura e de cicatrizes ou hiperpigmentação pós inflamatória ficam reduzidos".
Uma vez feito o peeling - "com preço variável de 80 a 150 sessão, dependendo do método utilizado"-, a paciente "deve colocar um creme hidratante específico, prescrito pelo médico, evitar sauna, banhos turcos, piscina", alerta a médica. E acrescenta: a mulher "não deve tentar acelerar a escamação, retirando peles semiaderentes, ter relações sexuais nos sete dias seguintes ou submeter-se a exposição solar geral nos sete a dez dias consecutivos". Hermenegildo recomenda ainda que devem ser evitados "exercícios físicos violentos" e preferido antes o "vestuário de algodão e não aderente para não causar fricção na zona".