A atual responsável pela tecnologia e inovação nos serviços de informação vai assumir os comandos do MI6. Blaise Metreweli vai liderar a estrutura que gere a inteligência britânica no estrangeiro e torna-se na primeira mulher a fazê-lo.
Corpo do artigo
Nomeação “histórica”, chamou-lhe o primeiro-ministro britânico Keir Starmer. Blaise Metreweli, que está nos serviços secretos britânicos desde 1999, vai assumir ainda este ano a liderança do MI6, sucedendo a Richard Moore.
“Orgulhosa e honrada”, considerou Metreweli, formada em Antropologia pela Universidade de Cambridge, com 47 anos. No seu percurso profissional, assumiu cargos de direção na agência de segurança interna britânica MI5 e trabalhou no Médio Oriente e na Europa.
Atualmente, tinha em mãos a divisão de tecnologia e inovação daquele serviço secreto, que tinha por missão, como avança a estação pública BBC, manter ocultas as identidades dos agentes secretos. De entre as funções, cabia ainda a este departamento encontrar novas formas de contornar mecanismos como a vigilância biométrica.
Recorde-se que o MI6 é a estrutura de informação e inteligência britânica para a recolha de dados no estrangeiro, salvaguardando a segurança do Reino Unido.“O MI6 desempenha um papel vital – com o MI5 e a agência de informações GCHQ – na manutenção da segurança do povo britânico e na promoção dos interesses do Reino Unido no exterior”, afirmou Metreweli citada pela BBC.
A escolha de uma mulher para liderar os serviços secretos no exterior do Reino Unido chega depois da segurança interna ter nomeado Stella Rimington para o MI5, entre 1992 a 1996, e Eliza Manningham-Buller, entre 2002 e 2007. Anne Keast-Butler tornou-se, em 2023, a primeira mulher a dirigir a GCHQ.