O problema é circulatório e, muitas vezes, estético, afetando quase um quarto da população nacional, com especial incidência sobre as mulheres. Mas, e o que fazer quando se tem varizes? Especialista explica os desportos mais eficazes e os que devem mesmo ser evitados.
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A prática de exercício físico não resolve nem remove as varizes, “veias dilatadas, tortuosas e salientes”, mas pode ajudar, e muito, no alívio das queixas de edema, cansaço ou prurido, e sintomas frequentemente apontados pelos pacientes.
Com a chegada do verão, coloca-se a questão estética e chega também a sempre presente recomendação de caminhar sobre o areal e junto à rebentação do mar. Contudo, é tempo de perceber quais os exercícios mais indicados para quem sofre com varizes, que afetam 20 a 25% da população portuguesa, em especial as mulheres.
A cirurgiã vascular Leonor Vasconcelos sublinha que “nem todos os exercícios são adequados para as pessoas que têm varizes”, pelo que “devem ser privilegiados os exercícios de baixo impacto, que promovem a tonificação dos músculos das pernas e coxas e estimulam a circulação”. Nesse sentido, a escolha deve recair por “caminhadas”. “Fazer uma por dia, de cerca de 30 minutos pode ajudar a reduzir o desconforto associado a esta patologia. A natação, o ciclismo (no exterior ou bicicleta estática), lunges e elevações dos gémeos são também excelentes exercícios que devem ser incorporados na rotina de treino destes doentes”, sugere a especialista do Hospital dos Lusíadas, em Lisboa.
No outro ponto da tabela estão os exercícios desaconselhados como os de alto impacto. Entre eles, destaque para “a corrida, os jumping jacks ou exercícios aeróbicos” mais fortes, como recomenda a médica. O levantamento de pesos surge também desaconselhado porque, como justifica Leonor Vasconcelos, “o aumento da pressão intra abdominal dificulta o retorno venoso dos membros inferiores”. Porém, há uma alternativa: “aumentar o número de repetições e diminuir a carga”, sugere a médica.