A cerimónia de abertura dos Jogos Olímpicos de Inverno, que decorrem em Sochi, marca, esta sexta-feira, o arranque oficial do mais importante evento realizado na Rússia desde o desmembramento da União Soviética, em 1991.
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A mais cara edição de uns Jogos Olímpicos, em que foram investidos 37 mil milhões de euros, começa, no entanto, sob o signo dos protestos, sobretudo contra a lei aprovada pelo presidente Vladimir Putin em junho que proíbe e pune a "propaganda" de homossexualidade perante menores e que motivou variadas tomadas de posição internacionais e ameaças de boicote institucionais.
Os responsáveis também não se livraram de acusações de corrupção e críticas aos efeitos ambientais das obras em Sochi, que a poucos dias do início dos Jogos Olímpicos apresentava uma série de deficiências em espaços públicos e de alojamento.
Apesar de a chegada a Sochi na quarta-feira ter sido acompanhada por manifestações em várias cidades estrangeiras e em São Petersburgo contra a lei "antigay", a tocha olímpica termina hoje o seu périplo no novíssimo estádio Fisht, palco da cerimónia de abertura, à beira do Mar Negro, onde a chama ficará acesa até 23 de fevereiro.
Sob fortes medidas de segurança, que envolvem 100 mil militares, os Jogos de Sochi terão uma participação recorde de 88 países, incluindo Portugal, que leva pela primeira vez dois atletas, os lusodescendentes Camille Dias, de 17 anos, e Arthur Hanse, de 20 anos, o porta-estandarte na pequena delegação na cerimónia de abertura.
Ambos vão participar em slalom e slalom gigante, provas de esqui alpino, que é uma das 15 disciplinas que em Sochi vão distribuir 98 títulos ao longo da quinzena olímpica, para a qual se qualificaram cerca de 2800 atletas.
A cerimónia de abertura está agendada para as 20 horas locais(16 em Portugal continental), mas na quinta-feira já decorreram as primeiras eliminatórias de slopestyle de snowboard, de esqui acrobático feminino e de patinagem artística por equipas.