Custo estimado entre 30 a 35 milhões de euros dará novos argumentos competitivos ao F. C. Porto e tem retorno financeiro garantido, segundo José Pedro Pereira, administrador financeiro da lista de André Villas-Boas.
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O projeto para construção de um novo Centro de Alto Rendimento (CAR) apresentado na noite desta terça-feira por André Villas-Boas divide-se em três fases de construção.
Na primeira estão projetados seis meses para os trabalhos preparatórios. A segunda fase, de 12 meses, contará já com a construção de cinco campos de futebol e residência para 46 suites, mais duas master suites, spa, áreas de hidroterapia, fisioterapia balneários, salas de administração e gestão financeira e um auditório de 56 lugares, espaços de lazer, salas de refeições, cozinha, além de salas para staff e administração.
Numa terceira fase, de mais 12 meses, está projetada a construção do pavilhão, edifício de apoio, bancada com dois mil lugares e loja-museu. Segundo José Pedro Pereira da Costa, administrador financeiro da candidatura de André Villas-Boas, “o centro estará cem por cento funcional em dezembro de 2026". "Um prazo ambicioso, mas possível".
No caso de o F. C. Porto avançar para o cumprimento do contrato de promessa compra e venda, os cerca de 19 hectares onde será edificado o CAR e os 12 hectares adicionais de espaços naturais terão um custo total de 3,85 milhões de euros. As duas primeiras fases de construção têm custos estimados em 18 a 23 milhões de euros e a terceira fase cerca de oito milhões.
"É um investimento relevante, que vai gerar muito valor”, prometeu. “Se conseguirmos gerar mais 120 ou 180 milhões em seis anos, este CAR, em dois ou três anos, estará pago. As contas não são assim tão simples, mas quando estivermos em velocidade de cruzeiro, o potencial de rentabilização da infraestrutura é enorme. Vai gerar valor”, insistiu Pereira da Costa, na avaliação de custos para o projeto.
O administrador financeiro da lista de André Villas-Boas garantiu ainda que não faltam investidores estrangeiros interessados em financiar o projeto. “Estamos a falar de uma enorme criação de valor e não será difícil encontrar parceiros financeiros para esta empreitada, pois para os bons projetos não falta financiamento”, apontou.
Pouco antes da apresentação do projeto, no seu discurso, André Villas-Boas comprometeu-se a olhar para os dois projetos da Maia e de Gaia, se for eleito presidente, e analisar “de forma criteriosa e rigorosa”, para defender os interesses do F. C. Porto. “A luta pela presidência não é uma luta pela melhor academia, é uma luta pelo bem maior do F. C. Porto”, argumentou. O candidato à presidência prometeu ainda “um clube livre das amarras que o acorrentam e nas quais infelizmente é tão comum falar em comissões como em vitórias. Serei implacável com toda e qualquer pessoa que se tenha servido do F. C. Proto ou o tenha lesado em benefício próprio”.
Ainda no seu discurso, Villas-Boas denunciou a atitude de um candidato a vice-presidente da lista liderada por Pinto da Costa, cujo comportamento reprovou. “Indignou-se e maltratou o Dr. Lourenço Pinto por estar a exigir a apresentação do cartão de cidadão juntamente com cartão de associado do F. C. Porto no próximo ato eleitoral. É o mesmo vice-presidente que impede as pessoas de se exprimirem nas suas redes sociais", garantiu.