Os arguidos têm também de entregar mil euros ao Estado e não podem entrar em recintos desportivos no espaço de um ano.
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Os três adeptos do V. Guimarães arguidos no caso que investigou insultos racistas a Moussa Marega, antigo avançado do F. C. Porto, durante um jogo entre as duas equipas, publicaram, no jornal "Desportivo de Guimarães", um pedido de desculpas ao jogador "e a quem se possa sentir ofendido com tal comportamento, designadamente ao assistente Vitória Sport Clube".
Os arguidos têm ainda de entregar mil euros ao Estado, no espaço de três meses, e ficam interditos de entrar em recintos desportivos durante um ano. Neste período temporal, sempre que o V. Guimarães jogar os três adeptos têm de se apresentar na Polícia.
O caso Marega remonta a 16 de fevereiro de 2020. Após os festejos do golo que daria o triunfo do F. C. Porto na casa do V. Guimarães (2-1), o então avançado portista decidiu abandonar o relvado devido a insultos racistas vindos das bancadas do Estádio D. Afonso Henriques.
O clube vimaranense cumpriu igualmente três jogos à porta fechada, castigo aplicado pelo Conselho de Disciplina da FPF que o Tribunal Arbitral do Desporto (TAD) viria a anular, mais de um ano depois, por "não ter ficado demonstrado que o Vitória tenha promovido, ou sequer consentido ou tolerado os cânticos racistas em questão".
"Não ficou provado, neste autos, que o Vitória tenha tido um conhecimento efetivo e/ou atempado da ocorrência dos factos em causa, que lhe permitisse encetar uma reação efetiva aos acontecimentos em tempo útil", pode também ler-se no acórdão do TAD.