Ricardo Oliveira fala em "patético interesse eleitoral" e Nuno Sousa considera-o um "anúncio popular e propagandístico".
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Os candidatos Ricardo Oliveira, da Lista B, e Nuno Sousa, da Lista C, à presidência do Sporting, com eleições marcadas para este sábado, criticaram Frederico Varandas pelo timing do anúncio da recompra dos Valores Mobiliários Obrigatoriamente Convertíveis (VMOCS) que pertenciam ao BCP e que passam a pertencer ao clube.
"Quanto custa? Não sabemos! De onde veio o dinheiro? Não fazemos ideia! A que preço? Pelos vistos não interessa, desde que sirva de trunfo eleitoral", questiona o Ricardo Oliveira, situação que Nuno Sousa replica. "As explicações factuais, rigorosas e transparentes, com documentos que documentadas que garantam não ser este anúncio um puro ato de desespero, para garantir votos, essas, nem vê-las. No último dia de campanha eleitoral, recorre-se ao fundo Sagasta para conseguir 40M para antecipar uma compra. Qual o preço? Qual a taxa de juro? Quais as condições financeiras?" pode ler-se no comunicado partilhado pela Lista C.
"Uma gestão que se pretende racional e profissional não se relaciona desta forma com os negócios, nomeadamente quando tantos condicionais, 'poderá', 'irá', 'estudará', deixam antever que a boa e pretendida resolução do assunto não se encontra solucionado", acrescenta ainda Nuno Sousa.
"Hoje é, de facto, um dia histórico para o Sporting, porque uma Direcção em exercício escolheu desprezar o processo democrático e os direitos dos sócios, tentando que uma chico-espertice, em véspera de eleições, a reconduzisse no poder sem que os Sportinguistas pudessem ter tempo ou informação suficiente para decidir em consciência.", atirou ainda Ricardo Oliveira.
O Sporting anunciou esta sexta-feira um acordo com o BCP para a recompra das VMOCS, com um valor nominal de cerca de 83 milhões de euros e que permite ao clube garantir a maioria social na SAD.