Rafa, com um bis, João Mário e António Silva marcaram para o Benfica. Juventus fez dois golos em três minutos e ameaçou vitória encarnada. Benfica na fase seguinte da Champions.
Corpo do artigo
A noite foi imprópria para cardíacos mas, no fim do jogo, a vitória sobre a Juventus, por 4-3, permitiu ao Benfica, a uma jornada do fim, carimbar a passagem aos oitavos de final graças a uma exibição com mais altos do que baixos e que serviu para galvanizar as bancadas da Luz durante os 90 minutos.
Foi uma qualificação amplamente merecida e coroada com um triunfo que foi tão justo como sofrido: aos 75 minutos, os encarnados venciam, por 4-1, e num ápice a equipa italiana marcou dois golos em três minutos e tudo ficou em aberto até aos derradeiros instantes. Houve oportunidades para os dois lados, mas o Benfica, que tremeu um pouco, segurou a vitória com mais coração do que cabeça.
Mesmo com David Neres no banco, as águias, que alinharam novamente com Aursnes na esquerda do ataque, fizeram uma primeira parte de gala. O golo de António Silva empolgou o recinto, mas a Juventus, que até aí nunca mostrara muito interesse em atacar apesar da obrigação de vencer, acordou e deu um safanão na partida. Vlahovic empatou e, numa partida eletrizante, João Mário voltou a colocar as águias em vantagem, na marcação de um penálti. Sem tempo para respirar, após um arranque em cheio, o avançado sérvio teve nos pés a hipótese de fazer o 2-2 para a Juventus, mas o Benfica impôs-se, a seguir, com o melhor lance do jogo: João Mário fez um passe cheio de açúcar para Rafa que, de calcanhar, bateu o guarda-redes, levando a Luz à loucura. Se esse foi o momento chave do duelo, impressionou também a qualidade do coletivo, nomeadamente as transações ofensivas, conduzidas por Rafa, que atravessa porventura o melhor momento da carreira.
O arranque do segundo período coincidiu com mais um golo do Benfica, por Rafa, mas num momento de baixar da guarda a Juventus voltou ao jogo com tudo. Em apenas três minutos, marcou dois golos e o sonho ameaçou tornar-se em pesadelo, mesmo que o empate também garantisse o apuramento das águias por causa da derrota do Maccabi em Paris. Schmidt fez alterações cirúrgicas, como a entrada de Gilberto e de David Neres, o que acabou por ser crucial na conquista dos três pontos. Os encarnados apanharam um valente susto, mas saíram com um sorriso largo da Luz. Na última jornada podem garantir o primeiro lugar do grupo se fizerem melhor resultado do que o PSG ou, então, se anularem a desvantagem de quatro golos no goal-avarage com o rival francês.