Como se percebe pela faixa, António Cunha foi campeão nacional de andebol (em mais do que uma ocasião até). Mas há outra recordação dos tempos de atleta que guarda com especial carinho: o Troféu Pinga, que lhe foi atribuído em 1964/65, numa altura em que era ora júnior ora sénior e em que celebrou o primeiro título nacional no máximo escalão.
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"O prémio era atribuído por uma comissão de jornalistas que eu nem sabia que existia. Só fiquei a saber quando, um dia, vi no jornal: "António Cunha ganhou o Troféu Pinga"", recorda, a propósito da estatueta de bronze que ainda guarda.
Anos depois, em 1967/68, viveria outro dos pontos altos na carreira azul e branca. "Nessa altura, o andebol estava mais a sul do que a norte e nós conseguimos ser campeões, num Campo da Constituição que tinha milhares de pessoas. Foi uma festa", recorda António Cunha, que, mais tarde, quando ingressou na Força Aérea, em Lisboa, se mudou para o Sporting, para voltar a ser campeão nacional.
Quem não lhe adivinhava tal carreira era o pai que, nos primeiros tempos, nem sabia da missa a metade. "Eu jogava sem o meu pai saber. Tanto que, nos primeiros tempos, o nome que tinha na camisola nem era António Cunha. Era António Dias. Mas um dia um amigo viu-me e levou o meu pai a ver um jogo meu. Já estava nos seniores nessa altura", conta, a rir, o antigo craque que, depois da vida de atleta, se fez treinador e professor universitário.
Passe curto
Nome: António Alberto Dias da Cunha
Naturalidade: Porto
Idade: 17/06/1946 (71 anos)
Clubes que representou: Sport Clube do Porto, F. C. Porto, Sporting
Principais títulos: três campeonatos nacionais