António Salvador reforçou, esta sexta-feira, a ideia de que o Sporting de Braga pode vencer a I Liga de futebol, mas defendeu a mudança de modelo organizativo.
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"Sabemos o caminho que temos que fazer, sabemos que temos de preparar uma base de reforços que nos possa permitir estarmos mais próximos dos primeiros lugares e acredito que o título possa chegar nos próximos quatro anos, mas também sabemos que será muito difícil", afirmou à margem da sua tomada de posse. Lembrou a entrevista recente do presidente da liga espanhola, Javier Tebas, que "disse que o campeonato português é um campeonato falido".
"Temos clubes com orçamentos de 100 e 200 milhões de euros e depois um Sporting de Braga com 12 milhões. Nós fazemos o nosso caminho, mas acho importante que os principais intervenientes do futebol português reflitam sobre isto", disse. Salvador entende que deve ser seguido o "modelo espanhol" para "criar mais competitividade entre os clubes".
"Temos de pensar no modelo financeiro, os clubes espanhóis andavam falidos, pelas ruas da amargura, e agora ninguém tem dívidas, mesmo as equipas que descem", disse.
Mostrou-se confiante de que o vídeo-árbitro vá melhorar o nível da arbitragem. "O Sporting de Braga teve 10 pontos subtraídos, mas vamos acreditar que foi um acaso e que a próxima época vai correr melhor, já que também terá novas ferramentas como o video-árbitro. Vamos acreditar que as coisas vão acontecer de forma mais justa e clara", disse.
Referiu que "está tudo tratado" com Battaglia e que Jefferson e Esgaio "vão ser jogadores do Sporting de Braga (...), só falta o anúncio final". Lamentou ainda que o Conselho de Disciplina tenha recorrido do castigo de Dyego Sousa, reforço que chegou do Marítimo.
"Não contávamos com isto. É de lamentar, é castigar um profissional do futebol, depois de o tribunal ter reduzido a pena, não consigo perceber o porquê do Conselho de Disciplina ter recorrido só para fazer do Dyego Sousa um exemplo. Não foi justo este recurso", considerou.