Arsenalistas somam novo empate com exibição desinspirada. Brasileiro teve a melhor oportunidade aos 90+2 minutos, mas pacenses mereceram o ponto.
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Empate tão certo quanto justo, num jogo em que quantidade não andou de mãos dadas com a qualidade. O Braga, que estreou Diogo Leite e Chiquinho, dispôs mais tempo da bola, mas quase nunca a circulou com a qualidade necessária para desmontar o adversário; já o Paços de Ferreira rematou mais e teve mais cantos, só que teve dificuldades para criar oportunidades de golo. No fim de contas, foi pior para os braguistas, que deixam mais dois pontos pelo caminho, ainda por cima com a memória a latejar de um falhanço clamoroso de Galeno, aos 90+2 minutos. O brasileiro acabou o jogo desolado e não foi para menos.
O Paços de Ferreira começou e acabou melhor o duelo. Pelo meio, um Braga que tentou impor-se, sim, mas que teve dificuldades em encontrar soluções para a pressão alta do adversário. E nas poucas vezes que o conseguiu, era no ataque que escasseavam a inspiração e a eficácia. Chiquinho ameaçou aos 17 minutos, antes de Denilson não aproveitar uma bola deixada à boca da baliza por Hélder Ferreira. Até ao intervalo, o jogo até foi interessante e cheirou as duas balizas, mas quanto a situações de real perigo estamos conversados.
A ida ao balneário fez pior à equipa de Carlos Carvalhal, mas trouxe uma nuance que se tornou imediatamente evidente. Recém-entrado, Galeno passou a concentrar todas as atenções, dos braguistas que o procuraram insistentemente e, por arrasto, dos pacenses que se viram aflitos para o travar. Sem grandes motivos de interesse, a história da segunda parte conta-se quase toda pelo extremo brasileiro. E também pela desinspiração que não o largou. Um drible, um passe, um remate. Na hora da verdade, falhava sempre alguma coisa, e o cúmulo aconteceu nas compensações, quando, na cara de André Ferreira, rematou fraco e à figura. Galeno podia ter saído em ombros, mas acabou sem consolo possível. O Paços agradece.