O piloto da Skoda Armindo Araújo confirmou, este domingo, o estatuto de melhor português no Rali, resultado que surgiu pouco mais de dois meses depois de ter sofrido um grave acidente no Serras de Fafe, em que sofreu, juntamente com o navegador Luís Ramalho, várias fraturas.
Corpo do artigo
Depois de, na sexta-feira passada, ter somado a pontuação máximo para o Campeonato de Portugal de Ralis, Armindo Araújo continuou em prova com um objetivo bem definido e que foi cumprido na perfeição.
"Foi um fim de semana 100% perfeito para nós. Conseguimos vencer no primeiro dia para o campeonato nacional, e depois chegámos ao segundo objetivo: sermos os melhores portugueses do rali. Chegámos ao fim com uma margem demasiado confortável nas contas do melhor português, fazendo um rali muito inteligente. Fugimos a todas as armadilhas da prova, atacamos onde devíamos ter feito", comentou o piloto de Santo Tirso, já no centro nevrálgico do rali, na Exponor, em Matosinhos.
O sucesso, esse, fez-se à conta de muito sofrimento, já que, a 10 de março, Araújo fraturou a coluna e várias costelas, além de ter partido uma mão, num aparatoso acidente sofrido no Rali Serras de Fafe.
"Há dois meses estávamos numa situação bem pior, depois do grave acidente. Foram semanas de muito trabalho para recuperar, e estar aqui com esta vitória significa que esse esforço valeu a pena", reconheceu, antes de deixar um aplauso aos sempre entusiastas fãs portugueses.
"Sou muito acarinhado pelo público português, já existe uma grande empatia, e sem dúvida que senti esse carinho ao longo das especiais e até das ligações, foi fantástico", resumiu o agora quarto classificado do Campeonato de Portugal de Ralis (CPR). A 34 pontos do novo líder, Miguel Correia, Armindo Araújo prefere não pensar muito nas contas - faltam quatro ralis -, em busca de um novo título nacional.
"Lutar pelo CPR é algo secundário, o que me interessa é ir prova a prova acumulando pontos e bons resultados, no final veremos, sem pressões extras", finalizou.