O campeão do Mundo de Ralis, Kalle Rovanpera, venceu, pelo segundo ano consecutivo, o Rali de Portugal e colocou um ponto final no jejum de triunfos no WRC que durava desde a prova na Nova Zelândia, em 2022. Depois da consagração, em Matosinhos, o finlandês não escondeu o alívio por reentrar na rota do sucesso.
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"Demorou muito [voltar a vencer], mas finalmente estamos de volta. Obrigado à equipa que deu sempre o máximo. Passei um mau bocado desde o ano passado, mas, felizmente, estou a regressar forte. Estou muto satisfeito e feliz com o resultado, até porque, quando começámos o rali, o carro ainda não estava no seu melhor. Mas, depois de termos feito algumas mudanças, deu-nos boas sensações para o podermos guiar", afirmou Rovanpera, de 22 anos, na conferência de imprensa realizada na Exponor.
"Neste último dia sabíamos que não podíamos ser estúpidos e que tínhamos de ter cuidado, até porque as segundas passagens foram muito duras", acrescentou o piloto da Toyota.
O segundo lugar da quinta prova do Mundial foi assegurado por Dani Sordo, que admitiu ser impossível acompanhar o ritmo de Rovanpera.
"Sinto que conduzimos muito bem. Senti-me mal ao ver o tempo do Kalle, pois sempre que nos aproximávamos ele mostrava que podia fazer algo mais. Guiou muito bem. Mas, de modo geral, estou muito contente com o meu resultado", referiu o espanhol da Hyundai.
O lugar mais baixo do pódio ficou nas mãos do também finlandês Esapekka Lappi. "Foi um pouco dececionante ver a forma como o Kalle nos bateu em vários momentos. Às vezes parecia que os nossos tempos eram bons, mas depois víamos as diferenças e eram grandes", disse o piloto da Hyundai, mostrando-se, também ele, conformado com a diferença para o Toyota.
"Temos de aceitar, percebendo que ele é bom. Mas também mostra que temos de fazer mais e desenvolver o carro para sermos melhores no futuro, sobretudo na aderência", terminou Lappi.