Uma camioneta com adeptos do Leixões avariou a caminho de Arouca, levando a SAD a disponibilizar o autocarro do plantel principal para os ir buscar e levá-los até ao estádio.
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Quando o árbitro apitou para o final do jogo em Arouca (1-1), da 3.ª jornada da Taça da Liga, os jogadores do Leixões cumpriram o ritual de agradecer o apoio dos adeptos, mas por pouco não encontravam uma bancada bem mais despida.
A cerca de 20 quilómetros do estádio, o autocarro que transportava um grupo de adeptos leixonenses avariou, deixando a comitiva apeada, com "muito frio e a geada a começar a cair", lembra Márcia Cruz, que cumpria a viagem entre Matosinhos e Arouca naquele autocarro.
"Estávamos a subir uma rua, a caminho do estádio. Um dos nossos adeptos indicou ao motorista que a camioneta estava a deitar fumo e a querer incendiar. O senhor foi verificar, dizia que não era nada, mas quando entrámos novamente na camioneta, as mudanças não entravam e a embraiagem não funcionava. A camioneta não andava", conta a adepta.
Encetaram-se, de pronto, contactos com vista à resolução do problema. "Não estavam a conseguir uma camioneta mais rápida", recorda Márcia Cruz, até que "o presidente da SAD decidiu emprestar a dos jogadores, para ser mais rápido".
Quando chegaram ao estádio, o jogo caminhava a passos largos para o intervalo. "Eles chegaram mais tarde e apoiaram-nos. Fomos crescendo consoante o número de adeptos que foram chegando. Fomos embalados por eles e este é o exemplo do que é o Leixões: na adversidade, com originalidade, conseguir arranjar uma solução para os problemas", comentou, no final, o técnico Vítor Martins, em declarações à "Sport TV".
Márcia Cruz acrescenta que "os adeptos do Leixões são muito acarinhados pelos presidentes do clube e da SAD" e recorda um outro episódio em que isso ficou evidente.
"No ano passado, chegámos à Covilhã numa camioneta sem condições. No fim desse jogo, tivemos direito a pizzas. O presidente André (Castro) é cinco estrelas, ajuda-nos sempre", conta, reforçando que, "sem ele, estaríamos horas à espera de uma camioneta", às portas da vila de Arouca.
Após o jogo, os adeptos voltaram a Matosinhos num outro autocarro, tendo a viagem de regresso sido bem mais tranquila da que os levou até ao interior do distrito de Aveiro. Mais uma história com final feliz, que faz sobressair uma faceta do futebol de que todos gostamos, a da empatia.