Construção do Complexo Lino Araújo foi o ponto de viragem do clube poveiro da A. F. Porto. Crescimento sustentado é máxima imperativa.
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A construção do Complexo Desportivo Lino Araújo, em 2019, foi o ponto de viragem para a Associação Desportiva Cultural Balasar, que agora está estabilizada e procura criar uma base forte, dentro e fora de campo, para sonhar mais alto. Por enquanto, o clube da Póvoa de Varzim encontra-se no sétimo lugar da Série 2 da Divisão de Honra da A. F. Porto.
Quando José Cancela chegou, em 2012, para presidir a Direção, encontrou um clube instável financeiramente, com apenas uma equipa federada e que jogava num campo pelado. Além do extremo rigor financeiro aplicado nos últimos dez anos, o principal ponto de viragem foi a construção de novas infraestruturas, em 2019, que mudaram completamente a vida do Balasar. "Como na A. F. Porto não se pode jogar em pelado, a partir da 2.ª Divisão, andávamos sempre com a casa às costas. Além do enorme trabalho de logística, não era a situação ideal para evoluir um projeto", começa por explicar o presidente.
Como uma dos poucos clubes federados da Póvoa de Varzim, a captação de talentos torna-se mais fácil, mas o líder acredita que não é isso que distingue o Balasar. "Uma constante nesta instituição é que sabemos receber os atletas. Além da parte desportiva, queremos formá-los enquanto seres humanos, porque nem todos vão ser jogadores de futebol e eles têm de estar preparados para isso", salienta José Cancela.</p>
Em sétimo lugar da Série 2 da Divisão de Honra, a equipa poveira tanto pode chegar à fase final como ter de lutar para evitar a despromoção. Cacioli, ex-jogador do Braga, Varzim e Gil Vicente, é o treinador principal e o facto de acumular o cargo de coordenador da formação dá-lhe uma visão diferente do futuro. "Neste momento, não temos nenhum jogador com mais de 29 anos. É um plantel bastante jovem, mas queremos formar uma base boa para sonharmos mais alto, daqui a uns anos. Por agora, o objetivo é a permanência", assegura o técnico brasileiro.</p>
Por falar em sonhos, José Cancela partilha da perspetiva de "não dar um passo maior do que a perna", mas não consegue deixar de ter grandes aspirações. "Quero deixar o clube melhor do que quando o encontrei. Idealmente, nos campeonatos nacionais".