O Benfica confirmou o estatuto de líder da I Liga de futebol, ao vencer o Penafiel por 3-0, no final da 15.ª jornada. Veja os lances do jogo.
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Depois de o F.C. Porto ter vencido o seu encontro no sábado, cabia aos "encarnados" reporem as diferenças no topo da I Liga e a equipa de Jorge Jesus não falhou a sua missão, impondo-se por 3-0 diante de um Penafiel cada vez mais penúltimo, com apenas 11 pontos e dez derrotas em 15 jogos.
O líder nunca acusou a saída de Enzo Pérez, tido como um dos eixos centrais no motor das "águias", para o Valência, com Talisca a revelar-se preponderante na estratégia do treinador.
Ainda durante o primeiro tempo, Talisca abriu a contagem, igualando Maazou, do Marítimo, no segundo lugar da lista dos melhores marcadores da prova (9 golos), e, na etapa complementar, Jonas (78) e Jardel (88) selaram o triunfo, que volta a deixar a equipa da Luz com seis pontos de vantagem sobre o F.C. Porto, segundo classificado.
Com Lisandro ao lado de Jardel no eixo defensivo e Gaitán de regresso à ala esquerda do ataque "encarnado", o Benfica deixou o primeiro aviso logo aos quatro minutos, quando Maxi Pereira tentou desviar um cruzamento de Ola John, sem sucesso.
Aos 14, foi o avançado holandês que surge em boa posição, depois de tabelar com Lima, mas o penafidelense Vítor Bruno consegue o desarme.
Sete minutos volvidos, as "águias" dispuseram de uma oportunidade soberana para marcar, graças a uma "oferta" de Coelho - o guardião saiu da baliza para agarrar uma bola pelo ar, mas deixou-a escapar e esta ficou à mercê de Jonas, que não conseguiu mais do que ganhar o canto.
O golo do Benfica chegaria ainda durante o primeiro tempo, graças a uma jogada desenhada por Gaitán, Lima e Talisca: o argentino fez uma grande abertura para o número 11 dos "encarnados", que 'sentou' Bura e serviu o compatriota Talisca.
As "águias" não deslumbravam, mas davam a sensação de ter o jogo controlado, muito graças a um adversário que se revelou quase sempre inofensivo no ataque.
A prová-lo, o facto de a formação de Rui Quinta ter feito apenas um remate em toda a primeira parte - por Tony, aos sete, mas o tiro saiu muito por cima -, ao passo que a equipa de Jorge Jesus esteve perto de dilatar a vantagem ainda antes do intervalo, mérito de uma "trivela" de Gaitán, que saiu a rasar a barra (45+1).
No reatamento, o Penafiel não deu o jogo por perdido e, aos 49, festejou mesmo o empate, quando Rabiola, na sequência de um livre, cabeceou para o fundo das redes, mas o avançado partiu de posição irregular.
Só que, aos 65, Tony foi expulso por acumulação de cartões amarelos e o tímido fulgor dos penafidelenses rapidamente se esgotou.
Na resposta, o Benfica ia-se acercando da baliza de Coelho e, já depois de Lima não ter dado o melhor seguimento a um cruzamento de Gaitán (76), Maxi Pereira combinou com Ola John na direita e assistiu Jonas que, com o peito, fez o segundo golo do encontro (78).
Frente a um Penafiel já sem capacidade de reação, o Benfica chegaria ao 3-0 final (88), na sequência de um canto, graças a um cabeceamento certeiro do brasileiro Jardel.
O Benfica, que soma agora 40 pontos, é escoltado no pódio do campeonato nacional pelo F.C. Porto, que tem menos seis, e pelo Vitória de Guimarães, que ultrapassou o Sporting na classificação, depois de golear o Nacional por 4-0, com um "hat-trick" de André André.
Ricardo abriu a contagem para os homens da casa, aos 28 minutos, e André André prosseguiu, com golos, aos 32, na conversão de uma grande penalidade, aos 37 e aos 80.
A formação vimaranense soma agora 31 pontos, mais um do que o Sporting e mais três do que o Sporting de Braga que, no arranque da jornada, ocupava a terceira posição, enquanto o Nacional, que sofreu o terceiro desaire consecutivo na competição e ainda não venceu fora da Madeira, desceu ao 14.º posto, com 12 pontos.