Entrada de rompante dos minhotos permite construir vantagem confortável de três golos. Boa gestão frente a um cinzento e errático Portimonense
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O Braga vai à Luz em alta defrontar o Benfica, no próximo sábado, num jogo que pode ser decisivo na definição do futuro campeão nacional. Ontem, os guerreiros mostraram saúde para dar e vender, venceram de forma inapelável um muito apagado Portimonense e até podiam ter marcado mais golos. A equipa parece acreditar que é possível, mas os adeptos são bem mais claros: "Eu quero o Braga campeão", foi a música de fundo das bancadas nos últimos minutos. Artur Jorge diz perceber o entusiasmo, mas não quer os jogadores reféns desse sentimento. Para já, pelo menos, o Braga dormiu no segundo lugar, porque o F. C. Porto só joga hoje com o Boavista, e mantém-se a seis pontos de distância do líder Benfica, precisamente o próximo adversário dos guerreiros.
A equipa de Artur Jorge, apenas sem Tormena (castigado) no que tem sido o onze habitual, entrou muito forte e abriu o marcador logo aos dois minutos, com Abel Ruiz a ser letal após uma bela assistência de Bruma. O segundo chegou num livre direto, espécie de marca registada de Iuri Medeiros, após uma falta escusada que punha a nu a desorientação dos algarvios. Um cabeceamento poderoso de Niakaté - grande jogo do central francês -, após livre de André Horta, matou quaisquer eventuais aspirações numa reação do Portimonense, que nem o golo de Rui Gomes alterou.
Al Musrati, tocado numa falta dura de Lucas Ventura, ficou no balneário ao intervalo, entrando Racic e, aos 60 minutos, Artur Jorge lançou Pizzi (saiu André Horta). O meio-campo menos rotinado e uma natural redução do ritmo deu mais posse ao Portimonense, mas a equipa de Paulo Sérgio não ameaçou verdadeiramente Matheus. Uma recuperação espetacular de Niakaté no meio-campo ofensivo permitiu a Ricardo Horta, depois de tirar com classe um adversário, fazer o 12.º golo no campeonato (15 no total).
Mais: Entrada fortíssima do Braga, a mostrar saúde física e mental de uma equipa que vai bater-se até ao fim por um difícil, mas possível título nacional.
Menos: O Portimonense não existiu na primeira parte. A formação de Paulo Sérgio entrou de pantufas, somou muitos erros e mostrou uma enorme desorientação.
Árbitro: Atuação serena e positiva de André Narciso. Deu a lei da vantagem no lance do golo algarvio, porque Paulo Oliveira fez penálti sobre Yoni González.
Veja o resumo do jogo:
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