Doze anos depois de ter falhado o salto para o Porto, Luís Filipe Menezes tenta reconquistar a Câmara de Vila Nova de Gaia, que liderou durante 16 anos, e onde a imagem de despesista continua a ser usada pelo PS como uma das principais armas contra si. "As boas contas da Câmara são uma conquista dos gaienses", atira o candidato socialista João Paulo Correia. O ex-autarca social-democrata acena com a obra feita e diz-se vítima de "mentiras e calúnias".
Corpo do artigo
"Vila Nova de Gaia precisa de uma liderança que garanta futuro, decisões sustentáveis, um presidente que traga investimentos e desenvolvimento para o concelho e que nunca ponha em causa as contas municipais", considera, ao JN, João Paulo Correia, sublinhando que foram "os impostos e taxas dos gaienses" que permitiram ao ex-presidente da Câmara, o socialista Eduardo Vítor Rodrigues, conseguir, "entre 2014 e 2017, ultrapassar a situação de falência da autarquia". O seu principal adversário não se mostrou disponível para falar ao JN, mas, nas redes sociais, tem repetido a garantia de que, há 12 anos, é alvo de "mentiras e calúnias", provenientes de um PS que geriu a autarquia com "quase inércia", "desleixo" e apenas "pequenos bónus pontuais". "A comparação de obra feita fala para o nosso crédito", defende Luís Filipe Menezes, que encabeça a coligação Gaia Sempre na Frente (PSD/CDS/IL) e enfatiza: "Nunca vimos umas contas reprovadas pelo Tribunal de Contas, nem nunca fomos admoestados pelo Estado, que controla as contas anuais".
"O volume de investimentos nunca pode pôr em causa as contas do Município", contrapõe o candidato socialista, vincando que, em todas as propostas do seu programa eleitoral, teve o cuidado de explicar como poderão ser executadas sem se colocar em risco "a sustentabilidade das contas", procurando, por exemplo, "fontes de financiamento no Governo ou na Comissão Europeia".