Bruno de Carvalho visou, nesta terça-feira, o Benfica, a Liga de Clubes e a Federação, dizendo recear que o o pior "esteja para vir".
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No discurso da 54.ª gala de atribuição dos prémios Stromp, o presidente do Sporting começou por dizer que, no Sporting, "como em todas as famílias, há aqueles que nunca apareceram às reuniões familiares e depois passam a vida a fazer telefonemas, a dizer mal de tudo e todos", para depois fazer a ligação ao rival.
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"O José Pedro Rodrigues difundiu campanha caluniosa (...) Depois foi Pedro Paiva dos Santos. Andou a fazer uma triste figura de pedir com Paulo Pereira Cristóvão uma auditoria ao meu mandato, tendo tido uma resposta positiva. Depois constatámos que tudo não passou de uma encenação para andar a enviar por email toda a correspondência trocada com a SAD para Pedro Guerra. Também André Carreira Figueiredo trocou dezenas de emails de assuntos internos com Pedro Guerra (...). Muito mais se vai saber. Mas esta 'joint venture' entre sportingados - sportinguistas aziados - e os rivais da Luz é cada vez mais evidente", defendeu o presidente do Sporting.
Focando o caso dos emails ("não importa como foram obtidos os emails, mas sim a vergonha que deles retiramos", defendeu) e frisando que "em tempo de guerra, não se olha para fardas nem se pedem comportamentos politicamente corretos", Bruno de Carvalho apontou também o dedo às instituições que tutelam o futebol português.
"Este momento que vivemos ainda é mais grave. A guerra de bastidores estende-se a toda a sociedade e nem a família dos visados são uma fronteira. O pior é que para quem vai cometendo estes crimes, vai-se sentindo impune. Tenho pedido à Federação e à Liga que atuem, mas nada fazem, a não ser meras atuações de cosmética. Tornam-se, muitas vezes, em forças de bloqueio, não deixam a polícia agir com total conhecimento dos assuntos", defendeu Bruno de Carvalho.
Face a estas circunstâncias, o líder leonino pediu mesmo uma intervenção dos órgãos estatais. "O futebol não se consegue autorregular e não pode ser um subsistema acima da lei. Está na altura de se tomarem todas as medidas. Não podemos pactuar mais com ameaças que não podem ser ignoradas. Não nos podemos esquecer que já houve dois assassinatos entre outros casos graves. É preciso uma intervenção de fundo", sublinhou.