Seferovic já falhou mais jogos por lesão nesta temporada do que no conjunto das primeiras quatro épocas na Luz. Ao todo, esteve indisponível em 22 partidas devido a problemas de índole muscular, um pesadelo de que o suíço tarda a conseguir livrar-se.
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Segundo melhor marcador no campeonato em 20/21, o avançado lesionou-se no primeiro jogo da época, em 4 de agosto, na terceira pré-eliminatória da Liga dos Campeões, frente ao Spartak de Moscovo. Falhou os seis jogos seguintes antes de regressar, três semanas e meia depois. Só foi, no entanto, opção em três jogos, já que voltou a magoar-se a meio de setembro.
Após uma longa recuperação, voltaria a ser chamado 10 jogos depois, a 7 de novembro, frente ao Braga, partida em que foi suplente não utilizado.
A estabilidade foi outra vez abalada no último mês, tendo falhado os derradeiros seis jogos. O próximo encontro, com o Boavista, está também em sério risco, pois encontra-se em tratamento e batalha para ser opção frente ao Ajax, no próximo dia 23.
Feitas as contas, Seferovic alinhou em apenas 12 partidas nesta temporada, nas quais apontou cinco golos. Uma eficácia alta (quase um golo em média a cada dois jogos), mas que não esconde a sua atual frustração.
Contratado em 2017/18, Seferovic apenas falhou nove jogos devido a lesão nas primeiras quatro épocas em que vestiu a camisola das águias, havendo a acrescentar mais três jogos, por ter contraído a covid-19.
Ao JN, Henrique Jones, antigo médico da Federação Portuguesa de Futebol, afirmou que as sucessivas lesões musculares de Seferovic podem ter origem em vários fatores. "Em primeiro lugar, tem 29 anos. A idade pode ser crucial. Depois há outras razões, como os antecedentes e lesões que eventualmente não foram bem resolvidas", disse.
A questão emocional é igualmente importante. "Além da capacidade de ultrapassar a fadiga muscular, que varia de jogador para jogador, o fator de instabilidade emocional pode fazer toda a diferença. Se calhar, o futebolista não atravessa uma boa fase". A alimentação e a hidratação são também cruciais. "Tudo conta", explicou, ao nosso jornal.