Câmaras desmentem que Dani Alves estivesse na casa de banho quando a alegada vítima entrou
Há mais uma prova contra Dani Alves no alegado caso de violação. Segundo o jornal "El Periódico", há novas informações que continuam a contradizer as versões contadas pelo jogador quanto à madrugada de 31 de dezembro numa discoteca de Barcelona.
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O caso já vai longo e promete não ficar por aqui. No dia em que um tribunal espanhol rejeitou o recurso para a libertação sob fiança de Dani Alves, detido por alegada violação, enquanto decorre a investigação, considerando haver risco de fuga, surgem novas informações e provas que desmentem uma das versões dadas pelo internacional brasileiro.
O jornal "El Periódico" adiantou que imagens de duas câmaras do sistema de videovigilância da discoteca mostram que o internacional brasileiro não estava na casa de banho no momento em que a alegada vítima entrou, facto que contradiz a tese de defesa apresentada pelo jogador. O advogado Cristóbal Martell tinha afirmado que a jovem de 23 anos tinha entrado quando o defesa já lá estava. Mas as imagens mostram umas sapatilhas e uma t-shirt branca, como as que o jogador estava a usar na noite do alegado crime, à entrada da casa de banho, existindo contacto visual entre ele e a alegada vítima. Estas imagens vieram ainda comprovar o testemunho da jovem, que sempre afirmou que não entrou na casa de banho por vontade própria, nem quando o atleta já lá estava.
Versões do jogador brasileiro desmentidas
Dani Alves foi detido no dia 20 de janeiro devido à acusação de uma alegada agressão sexual ocorrida em dezembro, de 30 para 31. Desde a detenção, o jogador brasileiro apresentou várias versões do caso, todas elas desmentidas. Primeiro, garantiu que não conhecia a alegada vítima nem tinha mantido qualquer contacto. Depois, admitiu que mentiu na primeira versão para esconder o caso de infidelidade da mulher e confirmou que conhecia a mulher de 23 anos e que tinha havido intimidade consentida mas sem penetração - versão desmentida pela análise às amostras de ADN recolhidas da vítima. O Instituto Nacional de Toxicologia e Ciências Forenses encontrou amostras de sémen do jogador na cavidade vaginal da vítima, adiantou o "El Periódico" e confirmou também o "El País". A Polícia catalã também recolheu amostras de sémen noutros três locais (chão da casa de banho da discoteca, roupa interior e vestido da jovem), todas coincidentes com o ADN de Dani Alves. Já na segunda-feira, o atleta vincou que foi ele que foi sexualmente agredido pela mulher. "Foi direta a mim. Não toquei nela", insistiu Dani Alves, contando que a jovem terá entrado na casa de banho quando ele estava sentado na sanita e terá praticado sexo oral ao jogador sem consentimento. Quanto a mais uma alegada mentira, o futebolista disse que só o fez para "proteger" a jovem.
Alegada vítima manteve sempre a mesma versão
A mulher, que renunciou à possibilidade de receber uma indemnização pelo caso, manteve sempre a mesma versão: Dani Alves insistiu que ela o acompanhasse até uma porta e ela concordou sem saber que era uma casa de banho. Quando percebeu, tentou sair, mas o jogador impediu-a e forçou-a a sentar em cima dele.
A jovem garantiu ainda que pediu ao brasileiro para parar enquanto era agredida e obrigada a praticar sexo oral. Ainda segundo a alegada vítima, o jogador acabou por prendê-la contra a sanita, violando-a. "Eu não sabia o que estava atrás daquela porta, pensava que seria outra área VIP. Resisti, mas ele era muito mais forte do que eu", terá afirmado a mulher segundo o jornal espanhol "La Vanguardia".