Cargas policiais e tiros para controlar protestos pró-Palestina que anularam final da Vuelta
Milhares de manifestantes invadiram o centro de Madrid com bandeiras e outros símbolos da Palestina, por causa da participação na Volta a Espanha da equipa israelita Israel-Premier Tech, obrigaram a organização a anular a etapa final e tiveram que ser contidos pelas forças policiais. Pelo menos um manifestante foi detido.
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Foto: Pierre-Philippe MARCOU / AFP
A polícia espanhola precisou de disparar vários tiros para conter os manifestantes que se dirigiam em direção do pelotão, com a corrida entretanto anulada devido aos protestos. A cerimónia de pódio foi cancelada, já que os corredores não chegaram à meta e os autocarros das equipas foram deslocados para um local onde todo o staff fosse colocado em segurança.
Foto: Rodrigo Jimenez/EPA
O jornal espanhol "El País" dá ainda conta de várias cargas policiais contra os manifestantes pró-Palestina, que invadiram a zona da meta em grande número.
Os manifestantes sentaram-se no chão após a linha da meta e a Unidade Intervenção da Polícia Nacional aguardava expectante qualquer tentativa de invasão da zona da Praça de Cibeles.
Foto: Teixeira Correia
Foto: Teixeira Correia
Um manifestante foi detido porque desobedeceu às ordens da Polícia Nacional, passou uma barreira e ofendeu os polícias.
Foto: Teixeira Correia
Na imediações é visível o reforço de segurança, nomeadamente, no edifício sede do Banco de Espanha, protegido contra qualquer tentativa de invasão.
Foto: Teixeira Correia
"É um final sem brilho"
Cândido Barbosa, presidente da Federação Portuguesa de Ciclismo, lamentou a situação. "É um final sem brilho porque não houve festa. Manifestações são aceites, mas não se pode acabar com uma prova, em que os corredores são trabalhadores como as pessoas de outras profissões".
O responsável federativo português lamentou ainda a falha de segurança. "Algo não correu bem porque deixaram chegar pessoas onde não deviam. É triste não ver a bandeira de Portugal hasteada no pódio e o João Almeida não teve o merecido reconhecimento pelo seu desempenho", afirmou ao JN.
Jonas Vingegaard (Visma Lease-a-Bike) viu assim confirmada a sua vitória na Vuelta, com o português João Almeida (UAE Emirates) a conquistar o segundo lugar.