Duelo entre o Valongo B e o Famalicense, da 2.ª Divisão, ficou marcado por agressões e várias expulsões, após o apito final.
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Disputado na terça-feira, o jogo Valongo B-Famalicense, referente à Zona Norte da 2.ª Divisão de hóquei em patins, ficou manchado por agressões depois do encontro, que terminou empatado 4-4, com os valonguenses a chegarem à igualdade com 34 segundos para disputar.
O jogo chegou ao fim e foi depois do apito final que tudo descambou, com cenas de pancadaria a envolver praticamente todos os intervenientes, desde jogadores até membros do "staff" das duas equipas, quando nada o fazia prever.
Tudo terá começado depois de um elemento da equipa técnica do Famalicense agredir Gabriel Azevedo, hoquista do Valongo B, seguindo-se a confusão. Houve várias expulsões.
Pedro Azevedo, dirigente da AD Valongo, condena a “atitude irrefletida de um ou dois elementos do Famalicense”, lamentando um episódio que “não abona a favor de ninguém nem da modalidade”.
“Foi um jogo tranquilo, com as coisas normais que os árbitros foram resolvendo. No fim, estava tudo calmo e sereno, os jogadores cumprimentaram-se normalmente… Nada faria supor o que se passou”, referiu ao JN, acrescentando que o clube já avançou “com um processo-crime contra os agressores que deram origem ao que se passou”.
Do lado do Famalicense AC, o presidente Carlos Castro reconheceu a existência da agressão do preparador físico da sua equipa ao jogador do Valongo, considerando-a um “ato censurável e condenável”, mas também lamentou uma provocação prévia do mesmo atleta.
“Além de ter estado todo o jogo a provocar os nossos atletas, esse mesmo jogador, quando marca o golo do empate, a 10 segundo dos fim, passa pelo nosso banco e dirigiu impropérios aos nossos elementos”, enquadrou o dirigente.
Apesar do sucedido, o líder do emblema minhoto admitiu, sem subterfúgios, que o preparador físico do clube “não podia ter atitude que teve”, admitindo que houve “um estalo dado ao atleta do Valongo”.
“Não podemos compactuar com este tipo de situações, não temos este tipo de historial nos 87 anos do clube. Não está no nosso ADN. O preparador físico vai ser alvo de um inquérito interno e iremos assumir as responsabilidades devidas”, assumiu o Carlos Castro.
Criticando a atitude do elemento do seu clube, o presidente da Famalicense também não deixou de condenar as cenas de violência que se sucederam.
“Depois disso, houve uma série de confrontos físicos, o guarda-redes do Valongo apertou o pescoço a um nosso jogadores, do banco adversário saltaram elementos que nem sequer estavam na ficha do jogo, e da bancada vieram pessoas que entraram em campo a agrediram os nossos elementos”, descreveu.
“A partir de um momento muito infeliz, foi o descalabro total, e tivemos mesmo de chamar a polícia para sair do pavilhão em segurança”, completou o dirigente.
Carlos Castro considera que houve vítimas dos dois lados, mas lembra, ainda assim, que “atos irrefletidos individuais não podem beliscar a grande coletiva das instituições”, e reiterando que o Famalicense assumirá as responsabilidades que possam surgir.